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Crítica | Homem-Aranha no Aranhaverso – Um salto de fé com um resultado surpreendente

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Crítica | Homem-Aranha no Aranhaverso – Um salto de fé com um resultado surpreendente

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Vindo de uma ideia ousada de não apenas adaptar o mundo do Homem Aranha em uma animação cinematográfica, mas como também contar a origem de um personagem que nunca foi apresentado ao cinema, esse filme tinha muito o que provar. Para nossa sorte, ele não apenas fez o suficiente, ele foi além de tudo que esperávamos.

Homem Aranha no Aranhaverso, dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsay e Rodney Rothman, conta a história de não apenas um Homem-Aranha, mas SEIS versões dele, tendo como protagonista Miles Morales (Shameik Moore), que simplesmente rouba a cena. Além dele temos Peter B. Parker (Jake Johnson), uma versão alternativa do Amigão da Vizinhança quase nos seus 40 anos, que protege Nova York há mais de duas décadas, Spider-Gwen (Hailee Stainfeld), uma Gwen Stacy que ganhou os poderes vindos da aranha, Peni Parker (Kimiko Glenn), uma adolescente que pilota um robô-aranha, Homem-Aranha Noir (Nicolas Cage), um herói de uma realidade saída das histórias de detetive dos anos 40, e o Porco-Aranha (John Mulaney), um porco humanoide que é um super-herói em um universo que é a cara dos Looney Tunes. Todos eles precisam impedir o Rei do Crime de usar um colisor de partículas que causará uma ruptura irreparável no multiverso.

O conceito desse filme é até simples: diversas realidades estão misturando com o universo de Miles, e os heróis desses diferentes mundos precisam destruir o colisor de partículas para poderem voltar pra casa e impedir uma catástrofe. Por mais que o conceito do filme não seja dos mais complexos, ele trata de diversos assuntos de forma brilhante, e consegue fazer uma obra simplesmente icônica. A jornada do protagonista é uma das melhores já mostradas em um filme de herói, tratando de coisas como ansiedade, pressão, e as responsabilidades que vem com o crescimento. Os personagens de apoio principais, Peter e Gwen, também tem um ótimo desenvolvimento com seus confrontos próprios e desafios a superar, sendo a crise no relacionamento de Peter B, ou mesmo o ato de ensinar o que é ser um herói-aranha para Miles Morales por parte de ambos.

A química entre os personagens é incrível, as interações entre eles não são forçadas, e além de ter essa naturalidade, ainda são bem interessantes e divertidas, e isso não apenas falando dos personagens principais interagindo entre si, mas também com secundários, proporcionando momentos tocantes e incríveis. Um ótimo exemplo é a forma que Miles interage com seu pai, Jefferson e seu Tio Aaron. Os dois são dois pilares importantes da vida do rapaz, e o filme evidencia isso com clareza. As atuações estão ótimas, e a dublagem em português não fica atrás.

Os visuais são impressionantes, com uma fotografia fenomenal e cenas de cair o queixo. Junto a essa qualidade visual inacreditável e estilo único, temos uma trilha sonora que não apenas consegue criar um tom perfeito para o filme, mas como também consegue impulsionar ainda mais os momentos mais importantes dessa história. O filme tem um tom mais leve, até aventureiro, mas não tem medo de usar momentos impactantes para evoluir os personagens, criando assim uma experiência memorável.

Como filme do Homem-Aranha, ele também acerta em diversos aspectos: O fan-service é inteligente e faz menção a diversos eventos da história dele, sendo apenas dos quadrinhos ou não, além de trazer uma nova interpretação de personagens já existentes de uma forma inteligente e respeitosa ao universo que se baseia, e não apenas isso, Aranhaverso também acerta sendo uma origem melhor e mais rica de Miles Morales, dando mais detalhes, profundidade e carisma para os personagens que o envolvem, criando um mundo mais rico e fascinante.

Em relação à cena pós-créditos, além de estabelecer o que pode ser o futuro desse multiverso heroico, ela é simplesmente hilária. Não há como dar mais detalhes que isso, apenas, confiram por vocês mesmos.

Conclusão

Deu para perceber que a Sony finalmente acertou em como usar o universo do herói aracnídeo da forma certa sem precisar do envolvimento com o Universo Cinematográfico da Marvel, criando uma experiência divertida, envolvente, emocionante e poderosa, com alto potencial para se tornar franquia. Todo o conceito do Homem-Aranha traz a ideia de que qualquer um pode ser herói, porém, ao vermos o Aranhaverso, isso é provado para nós. Qualquer um pode usar a máscara e ser um herói, basta apenas ser capaz de “dar o salto de fé”.

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