Análise | Returnal – Um Ciclo Viciante de Vida e Morte

Returnal é o mais novo título ambicioso da Housemarque em parceria com a Sony (Playstation Studios), lançado exclusivamente para Playstation 5. O jogo promete transportar os jogadores para um planeta alienígena nos sapatos de Selene Vassos, a protagonista do jogo. Como todos os outros sites de jogos, a Torre também não poderia ficar de fora. Confira o trailer do jogo abaixo:

Quebre o Ciclo

A história acompanha uma astronauta/exploradora espacial em uma missão para investigar um sinal chamado de Sombra Branca. Nossa protagonista, Selene, desobedece ordens e se aproxima demais do planeta Atropos, onde sofre um acidente e sua nave cai no planeta.

A partir daí, Selene se vê presa em um planeta alienígena hostil, onde cada morte a leva de volta para o local do acidente, como se ela voltasse no tempo. Apesar da aparente volta ao passado, o planeta se rearranja toda vez que Selene morre, sendo impossível decorar caminhos, inimigos e portas.

O objetivo de Returnal é “quebrar” esse ciclo de eterno retorno enquanto o jogador explora o planeta e descobre mais sobre a protagonista por meio de sequências especiais em primeira pessoa em uma certa casa do século XX.

Matar, matar, morrer, morrer

Returnal se trata de um jogo roguelike, como a própria empresa define. Porém, eu o classificaria como rogueLITE, uma vez que não é necessário matar os mesmos chefes todas vez que o jogador é lançado de volta ao começo.

Returnal é dividido em seis biomas ou áreas, cada uma única e com seu próprio arsenal de inimigos e armadilhas letais. O combate é focado em gunplay, e olha, já adianto a vocês que a gunplay é divertidíssima e desafiadora.

Ao longo da exploração, Returnal oferece um vasto arsenal de armas que variam desde pistolas até metralhadoras e escopetas. Conforme o jogador usa essas armas, é possível desbloquear upgrades permanentes para elas, como se elas evoluíssem com o uso.

Além disso, é possível desbloquear seis upgrades permanentes para o combate e para o traje de Selene, incluindo botas, ganchos e até mesmo uma espada para combate corpo a corpo.

Porém, aqui entra o fator diferencial do jogo e que pode ser tanto a felicidade de muitos como a tristeza e raiva de outros: morreu, volta pro começo.

Morreu, volta pro começo

Sim, meus caros, o jogo te pune exatamente dessa forma. Para quem não é acostumado com o gênero roguelike/roguelite, esses jogos são famosos por serem difíceis, desafiadores e por mandar o jogador exatamente para o ponto de partida quando ele fracassa em atingir o final do jogo. E detalhe, tudo que é adquirido ao longo das “partidas” é perdido.

“Mas peraí! Então quer dizer que eu nunca vou zerar? Já que todos os meus equipamentos, progresso e upgrades são perdidos…”

Calma lá que também não é bem assim. Apesar do fator punição, jogos desse gênero permitem que o jogador carregue certos ítens com ele entre uma partida e outra. O mesmo se aplica Returnal.

Nos mesmos moldes de Deadcells e Hades, é possível desbloquear upgrades como artefatos, upgrades permanentes, evolução de armas, dentre outros. Apesar de ser anunciado como um jogo impossível de zerar, ele é bem balanceado e permite que o jogador sinta sua evolução ao longo de cada Ciclo.

Crashes, bugs, estresse e dor de cabeça

No meu caso, eu não tive problemas com crashes, coisa que em hipótese alguma poderia acontecer em jogos desse tipo. Porém, houve vários relatos de mútiplos jogadores que o jogo crashava do nada, ou então que forçava os jogadores e reiniciar o console por motivos de travamento.

Quanto a mim, experienciei dois bugs: um chato e um insuportável. Começando pelo chato, depois de muitas horas jogando, o jogo apenas decidiu que não ia mais reproduzir o som. Simples assim.

Agora, o insuportável…. esse realmente foi insuportável e não deveria acontecer em hipótese alguma. O que rolou? Bem, o jogo é dividido em três atos, sendo o último opcional porém essencial para concluir a história e pôr fim ao ciclo. Porém é necessário cumprir certos requisitos envolvendo colecionáveis e sequências da casa.

Comigo, o jogo nunca desbloqueou a última sequência da casa para que eu pudesse coletar os colecionáveis necessários, logo não há outra alternativa a não ser recomeçar o jogo do zero (insira a cara de palhaço trouxa aqui). Logo, não concluí completamente o jogo e nem pretendo por um tempo a fim de que a desenvolvedora possa lançar novas correções.

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