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Torre do Terror – Recomendações para o Halloween

Torre do Terror

Especiais - Cinema

Torre do Terror – Recomendações para o Halloween

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É chegada a hora de celebrar a desgraça, as trevas e as maldições infernais. Lobisomens, espíritos, zumbis, possessões demoníacas, psicopatas e tudo que há de mau.

Chegou o Halloween (vamos combinar que dia das bruxas é muito mais legal, mas temos algoritmos a conquistar aqui).

Desde jump scares até aquele horror social dramático, o terror é um gênero com um espectro gigantesco de possibilidades, que vão muito além dos gritos assustados. E é nesse clima agradável e cheio de tripas que a equipe da Torre de Controle se reuniu para indicar filmes, games e até músicas (!) para você aproveitar o dia do mochila de criança.

E fica o aviso: que seu corpo desperte paralisado e se torne uma presa fácil para vermes, ratos e baratas. Isso vai acontecer, se você não ler a publicação até o final.

Lucas “Diesel” Silva

Maligno: A protagonista, Madison, começa a ter pesadelos de pessoas sendo assassinadas e descobre que, na verdade, são visões de crimes reais. Madison percebe que esses assassinatos estão conectados a uma entidade do seu passado e, para impedir a criatura, ela precisa enfrentar seus traumas de infância.

Maligno é o mais recente lançamento de James Wan, o mesmo responsável por sucessos como Invocação do Mal, Jogos Mortais e Aquaman. Este é um filme que dificilmente não despertará fortes sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. A pior coisa que uma obra pode causar é a indiferença, aquela sensação de que daqui a dois ou três dias você sequer lembrará dela. Eu te garanto, isso é impossível de acontecer com Maligno.

Isso ocorre porque Wan decide ir para um caminho até então inexplorado, o de se divertir com tropos de terror. E esse pode parecer um adjetivo estranho de se usar com uma obra do gênero, mas acredite, é possível. Nessa mistura de Wes Craven, Dario Argento e Clive Barker, Wan subverte expectativas prestando homenagem a diversos subgêneros e figuras clássicas do terror, indo do giallo ao slasher, passando por O Grito e O Chamado, e aproveita ainda para dar um tchauzinho para o body horror.

Se você não é uma pessoa muito chegada a obras de terror, acredito que essa seja uma ótima entrada, até para entender as diferentes facetas do gênero.
Se você já é fã de carteirinha, bem, a recomendação se mantém, pois temos aqui uma obra muito parecida com O Segredo da Cabana: atuações propositadamente caricatas em uma carta de amor ao terror, com direções criativas e encantadoras.

Disponível na HBO Max.

Maligno - pôster do filme de terror de James Wan

Dead Man’s Bones: Vou desviar um pouco do foco da Torre e recomendar um álbum de música, então espero que o patrão não esteja olhando.
Dead Man’s Bones é uma banda formada por Zach Shields e Ryan Gosling. Sim, aquele Ryan Gosling. Seu primeiro e único álbum, de mesmo nome, foi lançado em 2009 e conta com a participação do coro infantil do Conservatório de Silverlake.

Como uma pessoa apaixonada por coros, Dead Man’s Bones já tinha um pézinho em meu coração antes mesmo de dar play, mas esse não é o único motivo pelo qual estou recomendando-o.

Esse álbum temático de halloween é praticamente uma trilha sonora de teatro, mas não pense que isso é sinônimo de má qualidade. Apesar de Ryan e Zach tocarem todos os instrumentos e optarem por fazer gravações em pouquíssimas tomadas, em momento algum fica a sensação de um suposto amadorismo descarado. Em vez disso, o que mais encanta nesse álbum de terror é a autenticidade das letras e melodias que, por mais curtas que algumas sejam, possibilitam uma infinidade de interpretações.

Agradeço muito ao Gustavo Henrique, também conhecido como Sr. Balcão, por ter feito um vídeo sobre o álbum no seu canal do YouTube, o Balcão Pop. Se não fosse por ele, eu provavelmente nunca teria encontrado essa pérola.

Disponível no Spotify, YouTube Music e Deezer.

Dead Man's Bones - capa do álbum de terror de Ryan Gosling

Tiago Rodrigues 

Resident Evil 7: não é como se a franquia Resident Evil fosse uma novidade para a maioria das pessoas, entretanto o sétimo jogo numerado da franquia merece uma atenção especial, afinal ele veio depois do polêmico — porém divertido — Resident Evil 6.

Com a ideia de levar a franquia de volta ao terror, ele de fato atinge esse objetivo. Agora em primeira pessoa, tudo é mais imersivo e com muito mais chance de te fazer borrar as calças. Então se o objetivo é uma boa recomendação para o “Hello Win”, vá com todo o medo possível, mas vá.

Resident Evil 7 está disponível para o Playstation 4/5, Xbox One e Series S/X, PC e Nintendo Switch.

Resident Evil 7, uma das recomendações de terror da Torre de Controle

Bloodborne: O motivo desse jogo estar na lista é muito simples. Ele é totalmente influenciado pelo que é conhecido hoje como Horror Cósmico, o que podemos resumir como o medo do desconhecido. Fique a vontade para pesquisar sobre o assunto. Voltando ao game, ele é desenvolvido pela From Software, a mesma que fez os Dark Souls, Sekiro: Shadows Die Twice e que está para lançar Elden Ring.

Mesmo que você tenha uma certa aversão a esse gênero (o famigerado soulslike ou soulsborne), te intimo a dar uma chance — ou muitas nesse caso. Bloodborne é a porta de entrada perfeita para esses jogos, afinal é um pouco menos complexo em suas mecânicas. Aqui você é um caçador e seu objetivo é caçar as feras.

O game traz diversas mecânicas interessantes influenciando em como você deve jogar e a partir do momento que você as entende, ele começa a ficar um pouco mais fácil. É tudo uma questão de prática e entender o gênero. Um bom exemplo é quando você toma algum dano. Se logo em seguida você causar dano, o sangue do inimigo irá encher a sua vida de volta.

Outro ponto interessante que conversa muito bem com a questão do horror cósmico é o chamado Insight (Discernimento em português). Quanto mais discernimento você tiver, mais conhecimento, portanto mais chances de você enxergar coisas novas e dos inimigos serem mais difíceis também.

Bloodborne está disponível para o Playstation 4.

Lady Maria na capa de Bloodborne Old Hunters

Edisson Schwartzhaupt 

Nosferatu: Quando pensamos no gênero terror, um dos filmes precursores foi Nosferatu (1992). O longa alemão foi dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau, e é inspirado no Drácula, apesar de possuir uma identidade muito única, consagrada na história do cinema. Tendo isto em vista, sua narrativa mostra a saga do conde Graf Orlock na Alemanha, um vampiro que começa uma série de ataques destinado a ir atrás da esposa de um corretor de imóveis.

Possuindo um tipo de terror muito específico, Nosferatu é um filme de cinema mudo pertencente ao movimento do expressionismo alemão. Portanto, grande parte do seu teor sinistro provém das atuações altamente expressivas, que dão vida ao desespero condicionado pelo caos dos acontecimentos. Esse horror que ronda Nosferatu foi tão bem
sucedido que transformou seu nome num clássico, e em 1979 o diretor alemão Werner Herzog lançou sua própria versão do filme.

Por fim, vale dizer que Nosferatu segue sendo um título atual mesmo depois de quase cem anos do seu lançamento. Sua alta produção é visível e a técnica de Murnau é impecável em diversos aspectos. Com certeza, nesse halloween, Nosferatu é um recomendado – e necessário – retorno aos clássicos do terror.

Disponível no Telecine Play.

Nosferatu

Otávio Caniato

Tormented Souls: Fiquei sabendo dessa coisa de recomendar umas paradas pra vocês, então decidi trazer um pouco de holofote pra uma belíssima obra que esbarrei recentemente. Talvez, futuramente, poderei até escrever um artigo dedicado a ele… hmm boa ideia.

Recheado de ousadia e muito fanservice, acabei por me aventurar no título chileno (indie) de survival-horror, chamado Tormented Souls. A trama bebe e se inspira de títulos clássicos do gênero, tais como Resident Evil (já viu nossa análise do Village?), Silent Hill e especialmente o falecido Alone in the Dark.

O título nos surpreende com uma belíssima atmosfera, um marcante sound design, uma trama um tanto quanto curiosa, e uma pluralidade de características que dão as melhores doses de horror que alguém pode procurar, especialmente a gameplay tanker, com jogos de câmera isométricos. Até mesmo o combate zoado, que te faz perder os cabelos de raiva, está presente! E… é, se você não gosta dessa parte, talvez seja melhor evitar… ou não né, é o charme do negócio.

Tormented Souls é um must-buy para o fanático por survival-horrors ou o nostálgico das experiências marcantes da década de 90.

Disponível para PlayStation 4/5, Xbox Series X, Nintendo Switch e PC.

Tormented Souls

Matheus Maskalenka

O Imortal Hulk: Eu honestamente não sei como a Marvel deixou esse gibi existir por tanto tempo. O personagem do Hulk já foi redefinido, reinventado, requentado inúmeras vezes nos seus 60 anos de existência. Já foi cinza, verde, vermelho. Monstro, gênio, gladiador e agiota. É muito difícil se empolgar com uma nova história de Hulk por que TODA ideia nova de Hulk já foi esgotada, e começa a ficar repetitivo as mesmas histórias do Bruce Banner fugindo dos militares.

Eis que chegamos em Imortal Hulk. O gibi explora uma nova dinâmica entre Hulk e Banner: Todas as vezes em que o personagem morreu e voltou a vida, como de praxe em quadrinhos de herói, eram resultado do efeito gama que o transformou em Hulk. A radiação tornou o Hulk imortal. E agora se alguém mata o Banner de dia, à noite o Hulk acorda pra tomar vingança.

O personagem sempre foi tratado como um monstro, mas aqui o roteirista Al Ewing aborda de forma aprofundada o aspecto de terror dessa dinâmica.

No terror, a figura do monstro sempre representou, intencionalmente ou não, os aspectos da natureza humana que a sociedade despreza e busca esconder. A nova personalidade de Hulk que ele cria para essa história, o Hulk Demônio, é a manifestação viva dos traumas e inseguranças de Bruce Banner, cuja existência explicita os podres da sociedade.

O Imortal Hulk também é notável por ser muito mais um terror sobrenatural do que a tradicional ficção científica. A série brinca com a ideia de que o Hulk é uma representação mística, uma criatura primordial de proporções bíblicas, e em alguns arcos, o Hulk vai lateralmente pro inferno. A arte do recém demitido Joe Bennet é digna de nota: as cenas de horror corporal, com personagens sendo desfigurados e  mutilados de formas grotescas, nunca deixam de impressionar.

O autor usa essa nova mitologia para costurar as várias personalidades e personagens de apoio do mundo do Hulk. Personagens como a Betty Ross, Abominável e Rick Jones, assim como as diversas personalidades do Hulk são incorporadas na narrativa nova, onde quase toda a história do personagem é recontextualizada.

Com as roupagens do gênero terror, o gibi se propõe a abordar diversos temas complexos, indo de abuso familiar, ativismo ecológico, até mostrando como a indústria do entretenimento é usada pelo sistema capitalista como forma de apaziguamento das massas.  Eu honestamente não sei como a Marvel deixou esse gibi existir por tanto tempo, mas o fato de ele existir é um pequeno milagre.

Disponível em: publicado pela Panini, totalizando 10 volumes encadernados.

O Imortal Hulk

Esperamos que tenha gostado de nossas recomendações. Sinta-se à vontade para fazer comentários e até a próxima!

Tratando arte como arte, sem nunca perder o bom humor.

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