Preview | Atomic Heart segura a tocha dos immersive sims

Uepa meus amores, parece que eu voltei, em? Talvez hoje pra espalhar um pouco da palavra do immersive sim novamente, coisa que eu ainda não fiz o suficiente nesse site. Deus me perdoe, mas o Felipe (dono do site), vai ter que me aguentar com vários textos sobre jogos desse gênero.

Hoje eu to aqui pra falar de um treco que lança essa semana, e promete ser muito interessante. Confesso que é um jogo que até me espanta e me dá um pouco de medo, pois é um título muito ambicioso, e bem, as experiências recentes nos deixaram meio amargos com títulos ambiciosos, não?

No caso me refiro a Atomic Heart, título que estreia semana que vem no dia 21/02/2023, para quase tudo que é possível rodá-lo nos consoles recentes. (menos o Switch, porque né, preciso explicar?)

Tenho uma crescente curiosidade em relação ao título, visto que ele bebe de diversas fontes que são de fato alguns dos meus jogos favoritos, e com isso, tudo me leva a imaginar que poderemos receber o próximo 3A do gênero immersive sim. Antes de prosseguirmos aos meus apontamentos, é valido indicar a leitura do meu texto sobre System Shock, pois eu provavelmente falarei em alguns dialetos desconhecidos por muitos, os quais já foram explicados no artigo em questão.

Sem mais enrolação, vamos lá.

Recebendo a tocha das influências

Singularity (video game) - Wikipedia

Um dos meus jogos favoritos da geração do PS3, recomendo muito!

Ok, porque é tão importante passar a tocha, sabem me dizer? De tempos em tempos, a humanidade abraça as influências dos antepassados e daqueles que já foram, e resgatam aquilo que lhes interessa e joga adiante para que próximas gerações desfrutem dessas virtudes. Atomic Heart faz isso, basicamente, ao abraçar por completo a vibe uncanny de Bioshock, System Shock e outros do gênero.

O trailer mais recente acima, que faz um panorama de apresentação geral, nos indica diversos pontos importantes que devemos levar em consideração ao ponderarmos as direções de design do título. Acho que por se tratar de um jogo feito por desenvolvedores do leste europeu, existem inúmeras questões culturais que permeiam e enriquecem o roteiro do jogo.

Isso não é escondido, obviamente, pelo fato de estarmos inseridos numa distopia apocalíptica da União Soviética, só que diferente de outros jogos distópicos com esse cenário (um bom exemplo é o clássico Singularity da Activision, de 2009), dessa vez temos a vantagem de escutar a história e interpretações de um ponto de vista mais próximo daqueles que viveram essa realidade.

Diferente de Singularity, por exemplo, produzido por uma desenvolvedora norte-americana que introduz os esteriótipos maniqueístas da Guerra Fria na equação, podemos ver a história do conflito indiretamente contada pela visão estadunidense. Claro que, com alguns tweaks mais sutis para podermos ver os amadurecimentos em relação ao tempo, mas pera, rapeize, que que eu to falando? Ah é, Atomic Heart, então, o jogo parece que vai ser bem interessante nesse quesito. Lembre-se que jogos são políticos, hein.

A Direção de arte desse jogo me seduz

Confira como Atomic Heart rodará na atual geração de consoles | Adrenaline

Se você já é um leitor de longa data de algumas coisas minhas, já deve saber muito bem que eu tenho fetiche nas direções de arte dos jogos. Não, sério mesmo, cara, que jogo aesthetics! Tudo em Atomic Heart, pelos trailers, screenshots, promo gameplays, tudo, fede a maneiro.

Existiu uma atenção muito grande aos detalhes e ao departamento de arte, e isso é evidenciado pelo carinho em relação a pesquisa e assimilação desses maneirismos estéticos da época. Se houve um historiador pra ajudar o time de arte a desenvolver as coisas, então ele merece um beijo, porque o cara trabalhou muito bem.

Não apenas isso, mas acredito que a premissa da revolta dos robôs e toda a gimmick de se adaptar ao ambiente hostil, entregará uma atmosfera muito marcante (assim espero) e imersiva.

Agora eu encho o saco sobre o lance de immersive sim

Atomic Heart (Multi) tem eletrizante trailer de gameplay divulgado - GameBlast

tem coisa mais Bioshock e Sytem Shock do que essa screenshot?

Ok, eu não vou encher muito o saco sobre isso, mas o gênero immersive sim é bem legal, bixo. Algo sobre a filosofia de design do gênero me atrai muito, costumo dizer que existe um goblin dentro da minha cachola, e se eu n puder interagir e sair fazendo coisas aleatórias num jogo, esse goblin fica meio estressado.

Gosto muito de games que abraçam o ato de dar toda e total liberdade de mecânicas para o jogador, e geralmente os immersive sims fazem isso, criam tantas mecânicas e ferramentas que acabam por criar soluções totalmente inesperadas para os problemas que jogam aos players.

Atomic Heart me parece que fará isso, talvez posso estar enganado pois muito se conversa sobre o foco de mecânicas de tiro e tudo mais, só que meu faro ainda sente algo diferente ai no meio. Uma luva cibernética que realiza poderes elementais, interage com os inimigos e o ambiente, e um arsenal vasto e estranho de armas? Puts, a base ta aí, só falta puxar uns pauzinhos que a fórmula funciona.

Esperar pra ver

 

Atomic Heart será lançado entre setembro e dezembro de 2022 e recebe mais um trailer

Ainda não se tem muito o que dizer a fundo sobre Atomic Heart, confesso que é tudo uma questão de perspectiva e de hype, e especialmente, de ponderação daquilo que nos foi mostrado. Tenho muita curiosidade para saber o que esse jogo nos mostrará, e quando ele enfim lançar, teremos muito sobre o que conversar também.

Lembrando, Atomic Heart lança na semana que vem, dia 21 de Fevereiro, para os consoles da PlayStation, Xbox e PC-Steam. Usuários do Gamepass poderão desfrutar do jogo no dia de lançamento, então fique de olho!