Análise | West of Dead

West of Dead é um jogo desenvolvido pela Upstream Arcade e publicado pela Raw Fury. Aos moldes de Dead Cells, West of Dead entrega um título roguelike focado em gunplay. Contudo, diferente de outros títulos desse mesmo gênero, West of Dead peca na execução.

História

Inicialmente o jogador controla um pistoleiro fantasma recém chegado ao purgatório. A sua função é eliminar qualquer um que entre em seu caminho. O pistoleiro não se lembra de sua vida passada, apenas sabe que deve caçar o Pastor, o responsável por enviá-lo ao purgatório. Conforme o jogador avança na história, é possível recuperar as memórias do pistoleiro e descobrir seu nome e quais foram as circunstâncias de sua morte.

Em West of Dead, o protagonista nara sua própria história através da memórias que recupera

A história é narrada pelo pistoleiro através das memórias, em que ele narra seus sentimentos e emoções do passado.

Jogabilidade

Em jogos roguelike, a ideia é sobreviver o máximo possível, se fortalecer, comprar novas armas, e avanças até que o personagem controlado encontre um trágico fim. Em West of Dead, isso não é diferente. O que diferencia o título em questão dos demais é o combate, que é focado em duelos de pistolas, espingardas e escopetas. Conforme o pistoleiro avança no purgatório, novas armas são desbloqueadas, junto a novas mecânicas de combate e de travessia.

A viagem rápida é um dos mecanismos de travessia desbloqueados ao longo do jogo
O jogador também pode fortalecer o pistoleiro pagando seus pecados para a bruxa

Até certo ponto o gunplay é extremamente prazeroso. Abater os inimigos e criaturas horrendas que se espreitam nos cantos obscuros do purgatório te faz sentir “o próprio Rambo”. Além das armas de fogo, armas brancas e explosivos também fazem parte do arsenal do pistoleiro.

Contudo, nem tudo funciona como deveria. Ao longo das sessões de gameplay, encontrei diversos bugs, especialmente nos mini-chefes e nas mecânicas de travessia. Por vezes repetidas o jogo me impedia de derrubas portas de ferro, mesmo com a habilidade própria para isso; outras, as barricadas ressurgiam por cima do meu personagem, transformando ele de fato em um fantasma invisível. Em alguns casos, reiniciar o jogo resolvia, porém em outros, só iniciando uma nova rodada. Isso me gerou certa frustração.

Além dos bugs, vale ressaltar que diferente de outros títulos semelhantes, a movimentação do personagem e o teletransporte entre as regiões do mapa são um tanto quanto lentas. Como roguelikes são jogos em que você volta para o começo, a velocidade é algo essencial. No mais, estes foram os principais encontrados por mim. Vale ressaltar que a versão avaliada é a edição de Windows 10 disponibilizada por meio do Gamepass.

Trilha Sonora

A trilha sonora remete à música country, imergindo o jogador na atmosfera do Velho Oeste. As músicas de fundo seguem sempre o mesmo ritmo, variando conforme o mapa. Ao chegar no Pântano, os violões passam por uma espécie de autotune. Ao chegar no Cemitério, a música fica com ritmo de rock e heavy metal.

Arte

A arte do jogo encontra-se focada no cell shading e na escolha de cores vibrantes. Os cenários do jogo variam desde pântanos até fazendas e cemitérios, cada mapa com sua arte e estilo próprio em concordância com a atmosfera desejada. É possível se sentir em uma HQ através da escolha das linhas, sombras e luzes. Os efeitos de poeira, tiros e explosões são cuidadosamente elaborados e “pintados”.

West of Dead é um jogo roguelike criativo e inovador no quesito gunplay, porém deixa a desejar no desempenho e execução, como mencionado anteriormente. Para quem gosta de roguelikes e jogos de tiro, é um prato cheio. Vale ressaltar que West of Dead está disponível para consoles e PC. Fiquem ligados na Torre de Controle para mais análises como essa.