Crítica | Barbarian (Noites Brutais)
Na cidade para uma entrevista de emprego, uma jovem chega ao seu Airbnb tarde da noite apenas para descobrir que seu aluguel foi reservado por engano e um homem estranho já está hospedado lá. Contra seu melhor julgamento, ela decide passar a noite de qualquer maneira, mas logo descobre que há muito mais a temer na casa do que no outro.
Barbarian (Noites Brutais) é um filme corajoso, diria, um thriller que passeia e brinca com vários sub-gêneros do terror (tem até uma pitada de comédia) e que se utiliza disso para se tornar imprevisível em sua maior parte, já que adiciona várias perspectivas, personagens e situações com uma enorme facilidade, criando assim uma narrativa “desequilibrada”, liberando aquela sensação de pavor, claustrofobia e incerteza, sabe? Já que você não faz ideia de para onde o longa irá te levar.
A medida que a trama avança, você acaba cada vez mais imerso, fisgado pela curiosidade na tentativa de entender melhor como funciona toda aquela história. A tensão é crescente e isso talvez ataque a sua ansiedade, já que o longa vende a ideia de que por mais desagradável que as coisas pareçam, sempre há um nível mais assustador abaixo.
O diretor utiliza uma premissa bastante simples para algo mais ambicioso, entregando um filme bem “enxuto” e que surpreende com sensações que mudam a todo momento e que são bastante eficazes. O filme pisa na bola quando deixa de lado algumas de suas características por conta do pânico, e isso pode incomodar alguns.
Barbarian é um ótimo filme e que entrega o que você não espera. A direção é precisa e explora muito bem todas as suas ambientações, criando tudo o que já citei acima e com atuações que transmitem bem suas facetas e os sentimentos que seus personagens expõem durante todo o filme. É um longa para conferir e que vale a discussão numa rodinha de bar, já que quanto mais você pensa, melhor ele fica.
Noites Brutais, nome traduzido do filme, está disponível no Star+.