Com uma frequência maior do que gostaria a frase “pare de jogar, isso é coisa de criança” ou semelhantes são faladas por aí. Mas afinal, essa afirmação está correta ou não? Irei mostrar com detalhes mais adiante, com pesquisas e até mesmo minhas opiniões. Vou responder essa pergunta e quem sabe trazer mais pessoas para o mundo dos videogames.
De acordo com o site Understood, a atividade tem seus benefícios nas crianças. Alguns deles incluem melhorias nos reflexos, resolução de problemas, as deixam menos estressadas e mais criativas. Entretanto, apesar de defender até o fim que todo mundo jogue é bom colocar um limite para que não gere problemas. E eu sou extremamente contra o Freefire.
Então com isso em mente fui atrás de algumas pesquisas sobre os games no geral. E fiquei bem surpreso com os resultados.
Os games são parte da vida de mais de 50% das pessoas Estadunidenses
O site WEPC tem uma imensa lista cheia de dados interessantes sobre a indústria dos videogames. Desde as vendas até a quantidade de pessoas que o consomem diariamente. No nosso caso o grande x da questão é mostrar que a taxa de pessoas que jogam videogame não são exclusivamente crianças – e podem até ter ficado para trás, inclusive. Dando seguimento vamos a nossa primeira pesquisa.
Como podem ver nessa pesquisa feita em 2017, as pessoas que mais jogam videogame nos EUA são jovens dos 18 aos 29 anos e adultos dos 30 aos 49. Esses dois dominam o primeiro e segundo lugar com 29 e 28%, respectivamente. Em seguida temos pessoas que estão cursando a faculdade com 25%, seguido pelos homens com 24% e só então temos os adolescentes e crianças com 21%. Se em 2017 já tínhamos números altos assim, imagino que atualmente esteja ainda maior.
É importante ressaltar que a pesquisa é com base nos Estados Unidos. De qualquer forma o fato das “crianças” estarem em 4º lugar e adultos com mais de 30 anos em 1º já é o suficiente para explicar que esse papo de que “games são coisa de criança” é papo furado.
Homens e mulheres adultos lideram o consumo dos games
De acordo com outra pesquisa feita pelo Nielsen ,64% das pessoas Estadunidenses jogam videogame. A idade média dos homens que jogam é de 33 anos, enquanto que para as mulheres é de 37 como podem ver na imagem acima. No ano de 2016, o Quantic Foundry fez outra pesquisa para ver as principais motivações das pessoas que jogam. A lista se divide da seguinte forma:
- Os homens se dividem em 14,1% para competição, seguido por 11,9% que buscam destruir coisas. Apenas 10,2% dos homens jogam pela conclusão dos games, enquanto 9% jogam pela fantasia e os 8,8% pela comunidade.
- Já com as mulheres a história é um pouco diferente. Com 17% a conclusão dos games lidera a pesquisa, seguido da fantasia com 16,2%. Apenas 14,5% das mulheres jogam pelo design, tendo comunidade e história por último, com 9,5% e 8,5%, respectivamente.
Enfim, são dezenas de pesquisas, sejam elas sobre o mercado dos games ou sobre a quantidade de jogadores no mundo. Entretanto o meu ponto aqui era mostrar que os games não são exclusividade de ninguém – muito menos dos homens. Então espero que com essas pesquisas e esse texto eu tenha conseguido ajudar você que está lendo. Assim como os filmes, livros, músicas, podcasts ou qualquer tipo de mídia, os games podem servir como uma forma de aprendizado e podem nos marcar muito.
Apesar de todos os pontos positivos, de tempos em tempos os games são usados como bode expiatório para casos que envolvem violência. Colocando a minha vida como exemplo, se essa tese funcionasse eu estaria matando zumbis por aí ou matando deuses mitológicos. Tudo vai depender do acompanhamento dos pais em relação ao que as crianças consomem. Ninguém vira um assassino da noite para o dia. Inclusive a solidão é muito mais perigosa do que bonecos 3D se matando.
Com isso dito, espero que tenham gostado e que isso possa de alguma maneira te motivar a jogar cada vez mais. Não esqueça de compartilhar esse texto com aquele seu familiar chato que te enche o saco por você jogar e se você for o familiar chato… Bom, vai jogar alguma coisa.