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TGA 2019 | Conheça mais sobre: Super Smash Bros. Ultimate – A carta de amor de Masahiro Sakurai para os videogames!

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TGA 2019 | Conheça mais sobre: Super Smash Bros. Ultimate – A carta de amor de Masahiro Sakurai para os videogames!

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2020 já está batendo na porta e como de costume, todo final de ano para os jogadores de videogame é especial, seja pelos descontos das datas comemorativas ou pelo grande número de premiações. A mais famosa de todas é o The Game Awards, idealizado e apresentado pelo jornalista Geoff Keighley, que além de conceder prêmios aos melhores games do ano, apresenta uma série de anúncios inéditos, além das apresentações musicais e grandes convidados. E  como sempre cobrimos os eventos mais importantes da indústria, a Torre de Controle elaborou uma série de artigos voltados à categoria máxima do evento: O Jogo do Ano! Continuando com um dos jogos mais esperados da Nintendo, Super Smash Bros. Ultimate!

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Super Smash Bros. Ultimate é o quinto título na saga de jogos Super Smash Bros., criada em 1999 pela HAL Laboratory para o Nintendo 64, conhecida por colocar as mais famosas (e as nem tão famosas) estrelas da Nintendo para decidir quem é o melhor através da milenar arte da pancadaria. Um jogo que se tornou um clássico do N64, permitindo batalhas com até 4 jogadores e um sistema único: Uma mistura de jogo de plataforma com jogo de luta onde seu objetivo não era zerar a barra de vida do seu oponente, e sim jogá-lo para o mais longe possível da arena de combate.

O sucesso retumbante do jogo levou a criação de várias sequências para os consoles seguintes da Nintendo, aumentando o número de personagens, expandindo modos de jogo e até trazendo modos mais dedicados a um jogador, e os fãs se multiplicavam cada vez mais. Com o lançamento do Nintendo Switch, tais fãs salivavam pela possibilidade de jogar Smash Bros. no novo console híbrido, até que após 4 anos sem um novo título e várias sequências de trailers lindamente empolgantes, finalmente tivemos em nossas mãos, no dia 7 de Dezembro de 2018, Super Smash Bros. Ultimate.

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O jogo começa oferece uma boa variedade de modos de jogo, incluindo os já conhecidos Classic Mode, onde a estrutura é mais próxima a um jogo de luta tradicional, levando o jogador a enfrentar vários oponentes em sequência, os mini-games como Mob Smash e Home-Run Contest, e a opção de partida rápida, mais famosa e possivelmente mais acessada opção da saga.

Porém, ao entrar em um destes modos, os jogadores se deparam com uma quantidade assustadoramente pequena de personagens, tendo apenas os primeiros 8 disponíveis no game original de 1999. Isso pode desapontar alguns jogadores veteranos, visto que o título anterior da saga ainda possuía uma quantidade consideravelmente maior mesmo em seu início, mas começar a desbloquear personagens novos não é uma tarefa muito difícil. Quanto mais batalhas você trava, mais você tem a possibilidade de ser desafiado por um novo personagem – o que acontece com bastante frequência, e ao derrotá-lo, você o terá como personagem jogável, e a sensação de ter desbloqueado um personagem novo é sempre satisfatória. O maior motivo pelo qual tantos personagens estão bloqueados, no entanto, é provavelmente para dar maior ênfase no modo que foi bastante divulgado pelos trailers – o “modo história” de Super Smash Bros. Ultimate, intitulado World of Light.

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World of Light apresenta uma espécie de campanha para um jogador onde todos os personagens foram transformados em versões sombrias de si mesmos por um ser abstrato de luz, Galeem, que os mantém em seu controle. O único sobrevivente de todos os lutadores é Kirby, e apenas com ele como personagem selecionável neste modo, os jogadores precisam atravessar um mapa gigantesco num estilo Super Mario 3D World misturado com um RPG – com direito a uma árvore de upgrades permanentes que ajudam nas lutas e lojas que deixam que você compre habilidades e treine – enfrentando diferentes “espíritos” até salvar todos os 76 – sim, SETENTA E SEIS – personagens aprisionados e poder enfrentar Galeem.

Cada um dos espíritos no mapa representa um personagem de alguma franquia de jogos, e possui um estilo de luta diferente baseado naquele personagem, além de certas condições especiais que afetam cada luta. Mas calma, isso não quer dizer que todos os personagens possíveis do mundo estão por lá, eles são representados pelo personagem de Super Smash Bros. Ultimate que mais se assemelha àquele espírito. Por exemplo, se o espírito selecionado for uma princesa, é provável que o personagem que você irá enfrentar será uma Princesa Peach ou Princesa Daisy, com certos modificadores pertinentes, como por exemplo “preferir ataques aéreos”, “sempre usar itens”, ou até “não atacar”. É um jeito criativo de contornar a situação apresentada, e essa variedade faz com que World of Light seja uma grande viagem cheia de referências que certamente arranca sorrisos de quem joga.

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Cada espírito derrotado é capturado e pode ser equipado, possuindo níveis de ataque próprio e dando certos bônus em batalhas, algo como resistência a ventos, ataques especiais mais fortes ou pulos mais altos – um sistema parecido com o sistema de “adesivos” em Super Smash Bros. Brawl.

Enquanto enfrentar os espíritos e salvar os personagens pelo World of Light é divertido, o modo pode ser uma faca de dois gumes: É consideravelmente grande e algumas batalhas requerem um treinamento considerável, o que com certeza dá pontos bônus para quem gosta de jogar sozinho, porém pode acabar ficando repetitivo ou frustrante com certas condições de batalha que beiram o impossível, espíritos com habilidades que se repetem – diminuindo a satisfação ao capturá-los e o incentivo a essa captura – e pode acabar sendo mais demorado do que apenas batalhar várias partidas rápidas para completar e liberar todos os personagens. São 76 deles, afinal de contas.

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Quanto à sua jogabilidade, Super Smash Bros. Ultimate continua excelente de controlar, seguindo os passos do título anterior. Um botão para ataques normais, outro para ataques especiais, e todos os movimentos únicos dos personagens são realizados por um botão de direção com um dos ataques. Um botão para defesa, uma esquiva, um agarrão – tudo o que você podia fazer nos jogos anteriores continua aqui e melhor do que nunca. Algumas pequenas alterações foram feitas, como esquiva em pleno ar agora lançar o personagem para o lado pressionado e a esquiva em geral requerir maior precisão, mas de resto, apenas alguns ajustes naturais de precisão e respostas mais rápidas. Até oito jogadores podem jogar simultaneamente na mesma partida, o que ainda deixa a câmera um pouco longe, fazendo com que fique um pouco difícil de o jogador encontrar seu personagem, mas isso já é algo esperado de um jogo de luta com 8 jogadores.

Um total de 103 mapas jogáveis é acessível no jogo, com quase todos os mapas dos jogos anteriores sendo trazidos de volta, incluindo os mapas das duas versões do jogo anterior (lançado para 3DS e Wii U), dando uma grande variedade de possibilidades para cada batalha e cada vez mais armadilhas que podem nocautear os jogadores. Cada mapa também tem uma versão “ômega” e uma versão “battlefield”, usadas para jogatinas mais competitivas do jogo onde os elementos do cenário não atrapalham as lutas. O jogo também implementou um elemento visual novo que deixa o jogador saber exatamente quando um personagem que foi atacado será lançado e nocauteado – o jogo foca no ataque realizado, dando um efeito sonoro característico, e o personagem sai voando para fora da arena, marcando uma vitória altamente satisfatória para quem realizou o ataque.

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K.O.!

Falando em visuais, Super Smash Bros. Ultimate é o mais visualmente polido de todos os jogos, com todos os ambientes – até os retrôs – sendo agradáveis aos olhos e ricos em pequenos detalhes que arrancam sorrisos dos jogadores mais atentos. Personagens dos jogos em que as arenas são baseadas, mudanças de clima e cenário, transições – tudo isso é feito de maneira estelar.

A música que acompanha as arenas (e até os menus e mapas) é um dos pontos mais altos – vários temas clássicos das franquias dos personagens jogáveis, temas relacionados a essas franquias, remixes de temas antigos, tudo isso é acessível por um menu que deixa os jogadores escutarem as músicas que quiserem e até criarem playlists com suas favoritas, além de dar a opção de controlar a probabilidade de qual música irá tocar em uma determinada arena ao se iniciar uma batalha nela – algo que com certeza ocupará horas do tempo dos entusiastas das trilhas sonoras!

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Infelizmente, o modo online do jogo possui problemas que permeiam a série desde Super Smash Bros. Brawl. Encontrar uma partida demora consideravelmente, problemas de conexão são constantes e a menos que você tenha uma conexão MUITO estável, o jogo nem mesmo permite que você entre no modo online. Isso é uma decisão interessante para tentar prevenir que as lutas tenham performance ruim, mas também significa que mesmo que os padrões do jogo sejam muito altos, ainda existe uma quantidade bem considerável de problemas de conexão no modo online e qualquer deslize na conexão é o suficiente para que você seja desconectado de uma partida. Lembrando, além disso, que para acessar recursos online, o jogador precisa assinar um plano de pelo menos R$ 14,80. É uma prática comum nos consoles atuais, mas é sempre importante lembrar que não existe a possibilidade de jogar online sem a assinatura, e a assinatura vai para funcionalidades online ainda duvidosas – mas isso é assunto para outro artigo.

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Por fim, Super Smash Bros. Ultimate é uma continuação a uma franquia de muito sucesso, mas é perceptível que ainda assim é um jogo feito com muito esmero. A atenção aos detalhes visuais, as opções tanto para jogadores casuais quanto para competitivos, a imensidão do mundo de World of Light, e até mesmo algo simples como o Classic Mode são muito bem e cuidadosamente trabalhados. Para cada personagem, o Classic Mode possui um tema diferente, então um personagem como Luigi, por exemplo, que é medroso, tem de enfrentar uma fileira de personagens monstruosos, casando com o tema do personagem. Isso é único para cada personagem.

Certos pontos do jogo como os mencionados online e World of Light ainda apresentam pontos negativos que podem diminuir da sua experiência, e se você não gostou de outros jogos da série, a chance que este jogo lhe agrade é muito pequena – Ultimate é, em jogabilidade geral, praticamente igual aos seus antecessores. Porém, é um jogo altamente polido e divertido para fãs da saga e novos jogadores, algo que pode ser divertido competitivamente em um torneio ou casualmente em uma noite de jogos com amigos. O jogo ainda recebe diversos patches que balanceiam os personagens, além de DLCs com novos personagens que anteriormente eram pensados impossíveis, como Joker de Persona 5, Banjo e Kazooie de Banjo-Kazooie, o protagonista de Dragon Quest e Terry Bogard de Fatal Fury – E há um segundo season pass com mais personagens vindo em breve, mostrando que a Nintendo pretende continuar investindo em Ultimate por um bom tempo. É uma carta de amor à Nintendo, suas franquias e todos os que forem atingidos ao redor, que com certeza está aqui para ficar.

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Cientista Ambiental, Ilustrador, Tradutor e Editor que vive de cabeça nas nuvens. Anda ouvindo a OST de Danganronpa, é pai de 4 gatos, ri de coisas sem sentido, é vegetariano e tem uma paixão por maracujá. Ama jogos de plataforma, histórias bem contadas e tem mania de jogar coisas esquisitas, e seus jogos favoritos incluem as sagas The Legend of Zelda e Metal Gear, Super Metroid, Persona 5 e Shadow of the Colossus.

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