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Análise | Moto Edge 30 – Potente e bonito, mas bateria e câmeras deixam a desejar

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Análise | Moto Edge 30 – Potente e bonito, mas bateria e câmeras deixam a desejar

O saldo final do Edge 30 representa um smartphone ponderado, que podia ser melhor se a Motorola ouvisse mais do feedback dos consumidores. O aparelho é bom e vai satisfazer grande parte do público, mas não podemos esquecer dos erros persistentes.

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Depois de lançar o topo de linha Moto Edge 30 Pro no primeiro trimestre de 2022, a Motorola se volta para a um público mais intermediário ao trazer o Moto Edge 30 para o mercado. O aparelho, embora não seja o flagship dessa geração, conta com especificações bem interessantes, como uma ótima tela OLED de 144Hz, design arrojado e construção extremamente leve. Mas será que isso é suficiente para desembolsar cerca de R$ 2.900 nesse aparelho?

A Motorola gentilmente enviou uma unidade do Moto Edge 30 para a redação da Torre de Controle, e após inúmeros testes trazemos nossas conclusões sobre esse carinha.

Construção e design

Ao abrir a caixa do Motorola Edge 30 tive uma agradável surpresa em relação ao aparelho. O smartphone conta com um design realmente muito bonito e bem feito, dando a sensação que estava segurando um dispositivo mais caro. A cor é uma mistura de cinza azulado (eu realmente não sei descrever a cor), que em ambientes mais claros fica com uma tonalidade bem forte de azul, enquanto em locais internos já puxa uma coloração mais neutra e agradável aos olhos.

Belo design do aparelho (foto/Felipe Vidal)

O celular conta com bordas arrendondadas na medida, e se destaca por ser o modelo 5G mais fino do mundo, com apenas 6,79 mm. Além disso, é muito leve, pesando pouco mais de 150 gramas. Durante meu uso foi até difícil se acostumar, já que por ser tão levinho, às vezes nem parecia que eu estava segurando algo. O Edge 30 lembra muito outro modelo que já testei no passado, Moto Edge 20 Pro, mas dessa vez, mais bonito.

A construção é feita em plástico, porém, a carcaça passa uma boa sensação de robustez. Inclusive – desculpe Motorola – o celular chegou a cair da minha mão uma vez, causando uma crise de pânico neste que vos escreve. Nenhum arranhão ou dano foi verificado, e o produto passa bem, mas não podemos dizer o mesmo deste autor. Todavia, como apontado em outras análises feitas por colegas do incrível mundo tech, o Moto Edge 30 não conta com nenhuma certificação contra poeira ou água, quebrando a nota máxima que eu daria nessa categoria, infelizmente.

A tela, que falaremos nos próximos parágrafos, conta com 6,5 polegadas, e possui um pequeno notch na lateral para a câmera frontal. O sensor de digitais fica sob o display, algo que sempre me incomoda em smartphones, mas esse acabou por funcionar muito bem. Nas laterais ficam os clássicos botões de volume e power, enquanto a gaveta de chip está na parte inferior, junto com a entrada USB Tipo-C para carregamento. O modelo não possui porta para fone de ouvido de 3.5 mm, mas a Motorola envia um fone com fio no padrão USB Tipo-C. O aparelho também não suporta expansão de memória via cartão SD.

Ausência de conexão de 3.5 mm pode desagradar alguns usuários (foto/Felipe Vidal)

Tela e áudio

Um dos principais pontos do Moto Edge 30 é a sua tela. O tamanho de 6,5 polegadas me agrada, mas o grande destaque fica por conta do painel pOLED. As imagens são belíssimas, como já era de se esperar, apresentando boa tonalidade de cores, contraste bem acentuado e brilho suficiente para o meu uso, mas que pode ser melhorado graças a presença do HDR10+. Assistir a filmes, vídeos e séries no smartphone é bem prazeroso, sendo uma ótima pedida para quem gosta de consumir esse tipo de mídia em smartphones.

Outra funcionalidade muito bem feita é a taxa de atualização, que possui 144 Hz. Embora não sejam muitos os games que façam uso real desse número, a navegação é extremamente fluída e sem engasgos, o que torna o celular muito rápido para o dia a dia. Por ser um painel pOLED, a taxa de atualização alterna entre 60 e 144 Hz com ajuda de uma Inteligência Artificial, economizando mais bateria.

A imagem é bem definida e ideal para assistir filmes e vídeos (foto/Felipe Vidal)

O smartphone traz alto-falantes duplos que conseguem reproduzir um som estéreo, e o resultado final é positivo. O áudio fica bem alto, mas como já era de se esperar, não há muito definição sonora. Por outro lado, a Motorola também implementou suporte ao Dolby Atmos para melhorar esse quesito.

Câmeras

O Motorola Edge 30 tem um conjunto triplo de câmeras na parte traseira. O sensor principal possui 50 MP, enquanto a segunda lente é um misto de ultrawide com macro também de 50 MP, e a última é um sensor de profundidade de 2 MP. Em geral, fiquei satisfeito com o desempenho das fotografias. Em comparação Edge 20 Pro, por exemplo, notei menos granulação e mais nitidez no novo aparelho.

A câmera frontal de 32 MP me surpreendeu e tem performance melhor do que eu esperava. As imagens são bem claras, perfeitas para selfies em ambientes bem iluminados. Já em locais escuros começa a ficar estranho.

As selfies agradam e resultam em boas fotos (foto/Felipe Vidal)

O sensor principal é capaz de tirar boas fotos, que para o meu dia a dia, são suficientes, porém, usuários mais exigentes vão ficar com um gostinho de “quero mais”. Aliás, como um celular para uso padrão, o resultado é bem satisfatório, porém, para produção de conteúdo que faço já deixou a desejar.

Sensor principal de 50 MP (foto/Felipe Vidal)

A lente ultrawide não me agrada tanto, uma vez que cria bastante distorção no campo de visão, algo que é comum no segmento, mas nesse modelo em específico acho que ficou exagerado. Já a macro convence bem para fotografias bem próximas, e é interessante para fazer aquelas fotos bem de pertinho e impressionar os parentes.

Câmera ultrawide (foto/Felipe Vidal)

Câmera macro faz bem seu trabalho (foto/Felipe Vidal)

Se as câmeras fazem um bom trabalho, não posso dizer o mesmo da filmagem desse celular. Infelizmente nesse ponto a decepção foi grande. Com a câmera traseira as imagens ficam mais granuladas do que eu gostaria e os objetos ficam com um contorno estranho. Se você não é exigente nesse quesito, não deve notar os erros, mas caso trabalhe gravando vídeos ou simplesmente tenha um olhar mais apurado, vai notar as imperfeições.

Já na filmagem frontal as imperfeições continuam, mas em menor quantidade, e se for apenas para gravar seu rosto em momentos com maior luminosidade, acredito que não esteja tão ruim.

Bateria

A bateria do Moto Edge 30 me decepciona bastante. Enquanto seu irmão maior conta com autonomia de 5.000 mAh, esse modelo traz apenas 4.020 mAh, que não é nem um pouco condizente com um celular nessa faixa de preço. Parte do problema pode ser por conta da espessura do smartphone, mas mesmo assim a bateria consegue durar um dia inteiro fora das tomadas.

Carregador de 33W não compensa a bateria ruim (foto/Felipe Vidal)

A Motorola felizmente envia um carregador na caixa, e o modelo tem 33w de potência, fazendo com que o aparelho esteja 100% cheio em aproximadamente 1 hora. O número é realmente bom, mas eu gostaria de ver carregadores mais potentes em dispositivos intermediários/premium da marca no futuro.

Configurações e desempenho

O Moto Edge 30 é equipado com especificações parrudas. O celular acompanha o processador Snapdragon 778G+, aliado a 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno. No dia a dia essa configuração é mais do que suficiente para rodar todos os aplicativos sem travamentos e engasgos. O uso é fluido e sem qualquer tipo de interrupção por conta de RAM em falta ou baixa frequência da CPU.

Especificações do CPU-Z (foto/Felipe Vidal)

Como já comentamos, a tela de 144Hz ajuda a dar essa sensação de suavidade na navegação, proporcionando uma ótima experiência mesmo com inúmeros apps e abas abertas durante o multitarefas.

Em games a situação continua bem confortável. Rodei games como Call of Duty: Mobile e Diablo Immortal sem problemas, com todas as configurações máximas. No entanto, Genshin Impact deu algumas travadinhas ocasianais, mas creio que seja mais um problema de otimização do título do que do próprio celular. Subway Surfers também entrou na bateria de testes, e embora o game não seja desafiador para celulares, é compatível com a tela de 144Hz, e o resultado foi excelente.

Os jogos rodam de forma muito boa no aparelho (foto/Felipe Vidal)

Como padrão, também rodamos alguns benchmarks sintéticos do 3D Mark, Cinebench, e PC Mark. Todos obtiveram boa performance tanto em GPU quanto em CPU, e conseguindo pontuações interessantes para quem gosta de comparar esses dados.

Benchmarks do 3D Mark, Geekbench e PC Mark, respectivamente (foto/Felipe Vidal)

Interface

A interface da Motorola sempre casou bem com meu uso, e portanto, nunca tive o que reclamar dos celulares da marca nesse ponto. Com o Motorola Edge 30 não é diferente. O smartphone chega com a My UX, baseada em Android 12, e traz basicamente o padrão do que já estamos acostumados a ver em outros produtos da companhia.

Motorola continua com a boa interface, mas repete erros de pouco tempo de atualização do Android (foto/Felipe Vidal)

A navegação é simples e direta, e conta com um bom leque de customização para o usuário. Todavia, a Motorola insiste em continuar com poucos anos de atualização para o Android, que neste caso, vai somente ao Android 14, ou seja, apenas 2 anos de atualização. Se isso é um problema para você, não há discussão, procure a concorrência.

Conclusão

O Moto Edge 30 é um bom smartphone no que se propõe a fazer. O modelo traz especificações de peso, que aguentam qualquer aplicação sem dificuldades graças a CPU e quantidade de RAM avantajada. A tela é o ponto forte do aparelho, junto ao design impecável, mas que sofre com a falta de proteções.

As câmeras formam um conjunto bem equilibrado e honesto, embora a filmagem tenha um saldo negativo em minha avaliação. Da mesma forma, a bateria é um ponto fraco pelo preço cobrado pelo dispositivo, assim como o preço pelo celular ser tão leve. Os poucos anos de atualização desse aparelho também não ajudam a elevar a nota do produto.

O saldo final do Edge 30 representa um smartphone ponderado, que podia ser melhor se a Motorola ouvisse mais do feedback dos consumidores. O aparelho é bom e vai satisfazer grande parte do público, mas não podemos esquecer dos erros persistentes.

Porém, não podemos deixar de citar seu preço junto ao da concorrência. No momento em que esse texto foi elaborado, o Moto Edge 30 custa em torno de R$ 2.900, e talvez seja mais interessante investir em outros modelos, como o Galaxy A73 5G ou o Poco X4 Pro 5G.

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Fundador da Torre de Controle. Sou apenas um jogador tentando sobreviver em um jogo sem pause, vida extra ou checkpoint.

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