Sabemos como a vida moderna é correria, depressão e boletos. Sabemos que às vezes você não tem tempo nem de parar pra almoçar, que dirá para ler uma análise longa.
Mas não tema! Nós estamos aqui para te ajudar!
Estamos inaugurando nossa mais nova categoria do site, Review Drops – pequenas pílulas de opinião sobre jogos que terminamos e consideramos importante compartilhar com você, leitor, uma análise rápida com os principais pontos. Como poderão perceber, não são lançamentos dos últimos dias, mas muitos entraram em serviços como o Game Pass recentemente ou tiveram alguma promoção e resolvemos testar para ver se valem a pena (em tempos de crise, nada melhor que pegar aquele jogo que você sempre quis jogar por um preço amigável, não é mesmo?).
Então se acomode em seu lugar que vamos começar a administrar as pequenas doses de opinião aqui da Torre!
Alan Wake Remastered
Lançado na época do Xbox 360, Alan Wake conseguiu agradar uma legião de jogadores que são sempre ávidos por algo do jogo desde então.
Com a evolução dos consoles e o passar de gerações, era natural que a Remedy explorasse esse clássico relançando-o melhorado (e muito).
A história de Alan Wake dispensa comentários, mas para os recém chegados na franquia, Alan é um escritor que enfrenta um bloqueio criativo e, para tentar se inspirar, resolve se isolar com a esposa em uma cabana na floresta, o que resulta no desaparecimento da esposa e o desencadear de uma série de eventos misteriosos e aterrorizantes.
A maneira como o jogo traz seus plots e como isso é explorado na gameplay é fantástico, e a maneira como você descobre mais sobre a história é envolvente e muito eficaz.
Quanto ao Remaster, as melhorias são inúmeras: Cutscenes com melhorias gráficas, animações receberam melhoria, os personagens receberam atualização na sincronização labial e sem falar nos ambientes que agora tem suporte a 4K.
Alan Wake Remastered vem para agradar não somente uma base sólida de fãs, mas também convidar novos jogadores a conhecer uma das franquias mais incríveis do mundo dos Games.
Feres El Assal
Assassin’s Creed Valhalla
A Ubisoft fez uma aposta segura em AC. Valhalla, seguindo a lógica de “run for cover”, abordando mecânicas já consagradas pela franquia Assassins Creed e implementando pontos da gameplay bem recebidos pelo público ao longo da evolução da saga. O jogo tem uma narrativa interessante e garante muitas horas de jogatina, tanto para jogadores casuais, quanto para aqueles que buscam esgotar todo conteúdo disponível, além das respectivas conquistas/troféus. O visual é incrível, sendo um excepcional ponto de partida para a então nova geração de consoles.
No quesito técnico, AC Valhalla amargou, em seu lançamento, alguns bugs e crashs, mas nada que estragasse a experiência. Eu mesmo tive de esperar alguns meses para prosseguir em uma missão em razão de um bug que impedia a ocorrência de uma cutscene essencial para o fim da história, mas pude esgotar as centenas de sidequests enquanto esperava o patch que resolveria a situação (soube, pelo fórum da Ubisoft, que meu problema era recorrente).
O combate é divertido e bastante coerente com a história. Além disso, o jogo proporciona uma inesquecível imersão na cultura viking/nórdica, mas peca em estender, desnecessariamente, o enredo. Chega uma hora em que você vai se questionar: “poxa, mas vou ter de fazer isso de novo?!”. Sim. E, possivelmente, mais algumas vezes além dessa.
Por fim, vale destacar que a Ubisoft, durante 2021, me surpreendeu positivamente e negativamente. O ponto a favor vem das várias DLCs de história e eventos que enriqueceram a experiência. O lado negativo, por sua vez, decorre das microtransações, pois a diferença — no número e no status — entre itens obtiveis por dinheiro e aqueles encontrados durante a gameplay é considerável.
Kentucky Route Zero
O que é mais importante: a chegada ou a jornada? Tudo já está escrito ou escolhemos nosso próprio destino? Somos realmente livres ou nos iludimos em não aceitar que somos meros escravos do sistema? Essas e muitas outras questões nos vêm a mente quando jogamos Kentucky Route Zero.
Este adventure point-and-click segue um motorista de caminhão que precisa fazer uma entrega em um desconhecido e misterioso endereço. Sua busca o leva a conhecer várias pessoas, que se juntam a sua jornada pelos mais diversos motivos – as vezes sem nem mesmo ter algum em específico. Com uma narrativa repleta de diálogos, gráficos pixelizados belíssimos e uma trilha sonora primorosa, este jogo nos surpreende com sua beleza artística ao mesmo tempo que nos confunde com situações completamente absurdas e aparentemente sem ligação com a estória, mas que depois de uma análise mais profunda acabam fazendo sentido.
Kentucky Route Zero deixa o jogador tirar suas próprias conclusões. Muito contemplativo, ele não se apressa em desenvolver sua narrativa, se utilizando de detalhes sutis ou metáforas que vão aos poucos contando uma estória. É um jogo filosófico, que questiona nossas escolhas e não apresenta necessariamente respostas, mas provoca inquietações que permanecem por muito tempo depois de o concluirmos.
Altamente recomendado para fãs de jogos focados em narrativa, fãs de adventures point-and-click e principalmente aqueles que gostam de jogos com estória e finais abertos, mais interpretativos.
Conclusão
E então, o que achou dos jogos de hoje? Se interessou por algum? Leria uma análise completa de algum deles? Deixe sua opinião nos comentários!