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Análise | Ape Out – um macaco em fuga

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Análise | Ape Out – um macaco em fuga

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Os jogos indie hoje em dia podem proporcionar experiências que os AAA às vezes não conseguem. Ape Out é um desses jogos que trazem essa sensação. O game consegue unir o melhor do gameplay com uma trilha sonora que começa marcante mas vai “caindo” conforme passam as fases.

Libertem esse macaco

O enredo do game é simples, controlar o macaco por oito estágios rumo à liberdade. O jogo possui um nível de aprendizagem fácil, mas nem por isso ele deixa de desafiar o jogador. As telas são todas criadas de forma procedural, isto é, os caminhos a serem seguidos são randômicos, e isso aumenta o desafio.

Há no game pelo menos 4 estilos diferentes de fases. Cada um com 8 desafios, exceto o último que possui 7. A dificuldade aumenta graças a mudança nos adversários. No princípio eles possuem apenas tiros de pistola, mas vão evoluindo, passando por tiro de espingarda, lança chamas, metralhadoras e bombas.

Nosso macaco sem nome consegue aguentar alguns tiros. É possível monitorar a situação graças ao rastro sangue que vai caindo no chão. Bombas e tiros de espingarda podem matá-lo com um único dano. Podemos atacar os adversários dando empurrões que os transformam em poças de sangue e pedaços de corpos. Além disso, podemos segurar os adversários e usá-los como proteção, e, ao fazer isso, ele irá atirar com sua arma na direção em que está virado.

Os controles funcionam muito bem, mas o que me surpreendeu mesmo foi a trilha sonora. Ela possui tons de jazz e muitas das vezes a cada golpe ou morte que o macaco causa, a música muda ou há um toque de bateria. Porém, essa sensação diminui conforme se passam as fases, pois ela fica mais urgente e com menos variações, mas ainda assim de grande qualidade.

Um outro ponto que me impressionou positivamente foram os gráficos. O game é composto de desenhos minimalistas, mas de extrema qualidade. A iluminação impressiona e o sangue e lanternas chamam muita atenção. Teve uma determinada tela onde as luzes brilhavam de tal maneira que me senti em uma viagem psicodélica. Ponto extremamente positivo do jogo.

Corre, bate, morre e repete

O game como um todo é muito bacana e divertido, mas há pouca variação. Eu levei cerca de trinta e cinco minutos para passar cada conjunto de fases, mas após terminar o primeiro estilo, já estava me sentindo incomodado, era muito repetitivo.

Morrer é um fato no game, então ficava em um loop: corre pelo caminho, detona os adversários, morre e recomeça. Isso acabou me deixando um pouco frustrado. Entendo que essa era a proposta do game, mas senti que faltou algo a mais. Poderia ter algo a mais.

Foge macaco!

Ape Out é um bom jogo, possui sim suas falhas, mas entretém e prende o jogador com sua proposta. Por se tratar apenas do segundo game de Gabe Cuzzillo, desenvolvedor do Ape Out, ele com certeza entrou no meu radar. Então, se você está atrás de um jogo diferente, com uma boa trilha sonora, dê uma chance para essa aventura. Afinal, os macacos não devem ficar enjaulados, então nada mais justo do que ajudá-los a escapar, mesmo que seja em um game.

 

Ape Out foi desenvolvido por Gabe Cuzzillo, é publicado pela Devolver Digital e está disponível para PC e Nintendo Switch.

Este review foi feito com base em uma cópia cedida pela Devolver Digital para Nintendo Switch especialmente para o staff da Torre de Controle.

Um treinador de Pokémon aposentado que quer se tornar profissional de futebol de botão. Ama joguinhos mais que tudo e prefere debater ideias e teorias sobre eles do que necessariamente jogar. Power metal é água, ou seja, a fonte de vida.

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