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J.J. Abrams recusou contrato de exclusividade de $500 milhões da Apple

Cinema

J.J. Abrams recusou contrato de exclusividade de $500 milhões da Apple

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A industria de entretenimento está vivenciando um período de transição. Com o advento da era do streaming, iniciado pela Netflix,  começou uma verdadeira corrida do ouro para explorar esse mercado em ascensão. Cada vez mais empresas de comunicação e entretenimento estão adentrando no mercado de streaming de conteúdo. A Walt Disney está prestes a lançar sua ambiciosa plataforma de streaming Disney+, com conteúdos incluindo todo o catálogo de animações clássicas, filmes Pixar, Marvel, Fox, National Geographic e Star Wars. A AT&T, que recentemente adquiriu a corporação Turner, dona da WarnerMedia que além de possuir todo o catálogo de televisão e cinema do estúdio também possui diversos serviços de streaming online como Crunchyroll, Rooster Teeth, VRV e agora pretende centralizar todo seu conteúdo na HBO MAX.

Mas nessa corrida não estão em jogo só os gigantes do entretenimento, agora há pressão para as empresas de tecnologia entrarem na competição. A Google já testou as águas com o serviço Youtube Premium com conteúdo original, e agora está trabalhando no Stadia como serviço de jogos. A Amazon já tem uma plataforma bem lucrativa com a Prime Video, com sucessos como American Gods, Good Omens e The Boys e um seriado de O Senhor dos Anéis por vir.

É um mercado novo, mas já muito competitivo, e todos terão que trabalhar para se destacarem na multidão. E no caso da Apple, parece que o método tradicional da empresa nem sempre vai funcionar. De acordo com o Hollywood Reporter, a Bad Robot, produtora do cineasta J.J. Abrams, havia negociado uma parceira com a fabricante de iPhones para produzir conteúdo para a sua vindoura plataforma de streaming Apple TV+, em um contrato que teria rendido 500 milhões de dólares, mas recusou a oferta.

De acordo com a reportagem, o principal problema na oferta era a que a o contrato exigia exclusividade total da Apple, restringindo a produtora de vender um projeto para outros clientes caso a Apple não se interessasse. Além disso, o próprio Abrams não poderia trabalhar nas franquias que ele ajudou a criar em outras casas, como Star Wars, Star TrekMissão Impossível e Cloverfield,. Outro agravante diz respeito à distribuição nas salas de cinema, mercado que a Apple não tem domínio, e de onde a maior parte dos lucros da Bad Robot vêm.

No fim das contas, as restrições pesaram demais na hora de negociar e a produtora fechou com a WarnerMedia, num acordo de $250 milhões. Apesar da quantia menor, a parceira é com uma das mais tradicionais empresas de entretenimento. Com uma forte infraestrutura de distribuição além de um vasto catálogo de franquias pre existentes que Abrams e sua equipe podem explorar, além dos seus projetos próprios, e a Warner tem uma parceira com um dos produtores mais influentes de Hollywood.

No fim das contas,  esse episódio mostra que a estratégia da Apple de manter tudo num ecossistema fechado pode funcionar com hardwares, mas aplicar essas tática em negociações com possíveis sócios pode ser muito prejudicial. Se ela quiser se manter competitiva vai ter que repensar sua abordagem, de um jeito que seja atrativa tanto para o consumidor quanto para os produtores que vão criar seu conteúdo. E já vimos que jogar mais dinheiro no problema nem sempre é a solução.

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