Inicialmente o jogador controla um pistoleiro fantasma recém chegado ao purgatório. A sua função é eliminar qualquer um que entre em seu caminho. O pistoleiro não se lembra de sua vida passada, apenas sabe que deve caçar o Pastor, o responsável por enviá-lo ao purgatório. Conforme o jogador avança na história, é possível recuperar as memórias do pistoleiro e descobrir seu nome e quais foram as circunstâncias de sua morte.
A história é narrada pelo pistoleiro através das memórias, em que ele narra seus sentimentos e emoções do passado.
Jogabilidade
Em jogos roguelike, a ideia é sobreviver o máximo possível, se fortalecer, comprar novas armas, e avanças até que o personagem controlado encontre um trágico fim. Em West of Dead, isso não é diferente. O que diferencia o título em questão dos demais é o combate, que é focado em duelos de pistolas, espingardas e escopetas. Conforme o pistoleiro avança no purgatório, novas armas são desbloqueadas, junto a novas mecânicas de combate e de travessia.
Até certo ponto o gunplay é extremamente prazeroso. Abater os inimigos e criaturas horrendas que se espreitam nos cantos obscuros do purgatório te faz sentir “o próprio Rambo”. Além das armas de fogo, armas brancas e explosivos também fazem parte do arsenal do pistoleiro.
Contudo, nem tudo funciona como deveria. Ao longo das sessões de gameplay, encontrei diversos bugs, especialmente nos mini-chefes e nas mecânicas de travessia. Por vezes repetidas o jogo me impedia de derrubas portas de ferro, mesmo com a habilidade própria para isso; outras, as barricadas ressurgiam por cima do meu personagem, transformando ele de fato em um fantasma invisível. Em alguns casos, reiniciar o jogo resolvia, porém em outros, só iniciando uma nova rodada. Isso me gerou certa frustração.
Além dos bugs, vale ressaltar que diferente de outros títulos semelhantes, a movimentação do personagem e o teletransporte entre as regiões do mapa são um tanto quanto lentas. Como roguelikes são jogos em que você volta para o começo, a velocidade é algo essencial. No mais, estes foram os principais encontrados por mim. Vale ressaltar que a versão avaliada é a edição de Windows 10 disponibilizada por meio do Gamepass.
Trilha Sonora
A trilha sonora remete à música country, imergindo o jogador na atmosfera do Velho Oeste. As músicas de fundo seguem sempre o mesmo ritmo, variando conforme o mapa. Ao chegar no Pântano, os violões passam por uma espécie de autotune. Ao chegar no Cemitério, a música fica com ritmo de rock e heavy metal.
Arte
A arte do jogo encontra-se focada no cell shading e na escolha de cores vibrantes. Os cenários do jogo variam desde pântanos até fazendas e cemitérios, cada mapa com sua arte e estilo próprio em concordância com a atmosfera desejada. É possível se sentir em uma HQ através da escolha das linhas, sombras e luzes. Os efeitos de poeira, tiros e explosões são cuidadosamente elaborados e “pintados”.
West of Dead é um jogo roguelike criativo e inovador no quesito gunplay, porém deixa a desejar no desempenho e execução, como mencionado anteriormente. Para quem gosta de roguelikes e jogos de tiro, é um prato cheio. Vale ressaltar que West of Dead está disponível para consoles e PC. Fiquem ligados na Torre de Controle para mais análises como essa.