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Crítica | Dragon Ball Super: Super Hero – Velhos conhecidos de cara nova.

Cinema

Crítica | Dragon Ball Super: Super Hero – Velhos conhecidos de cara nova.

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 É interessante parar pra pensar que a franquia Dragon Ball é uma daquelas que vai passando por gerações e gerações. Iniciada oficialmente em 1984, hoje os Sayajins chegam aos cinemas renovados, uma vez que Dragon Ball Super: Super Hero é o primeiro longa metragem de Goku e companhia feito totalmente em CG . O que pode ter causado um pouco de medo nos fãs mais assíduos da franquia, porém por outro lado pode conquistar novos.

 Vale ressaltar que o filme funciona como A Batalha dos Deuses, uma história desconexa do anime e que funciona sozinha. E também que não é preciso ter assistido todos os episódios para entende-lo, até porque ele te dá um breve resumo do que importa do passado do anime para a história do longa. O Exército Red Ribbon está de volta sob comando do Magenta e contando com a ajuda do Dr. Hedo para a criação de dois novos androides muito poderosos, Gama #1 e Gama #2, prontos para derrotar Goku, Vegeta e toda companhia. E com um plano para sequestrar Pan, o Red Ribbon, prepara uma luta contra Gohan.

Com Goku e Vegeta no planeta de Bills treinando com Wills e ajudando Broly, a trama abre espaço para o desenvolvimento de dois personagens bem importantes, Gohan e Piccolo, que tem o dever de ser o grande protagonista do filme. E é muito interessante ter o Piccolo como o personagem central do longa, fugindo um pouco do costume da franquia, já que aqui temos uma história quase que paternal por parte dele. A todo momento vemos que tudo que o Namekuseijin faz é para ajudar um Gohan que está deixando as suas origens de lado e se relaxando para um mundo que está em constante perigo.

 E falando em Gohan, ele não fica muito para trás na questão de receber a sua devida atenção. Devo confessar que o Gohan sempre foi meu personagem favorito e ver que finalmente ele teve um bom destaque é de dar água na boca. Ainda que um paspalhão, Gohan tem seus momentos sérios e de tirarem o folego, principalmente quando se trata da pequena Pan. Onde voltamos a questão da paternidade tratada no filme. Gohan está sem treinamento, mas não pensa duas vezes antes de ativar suas transformações para acabar com a vida daqueles que sequestraram sua filha.

Porém tem alguma coisa dentro do filme que impede que os outros personagens tenham o mesmo cuidado que os dois. Não que eu estivesse esperando algo super complexo ou trabalhado vindo de Dragon Ball, mas a um certo momento tudo parece meio jogado para que o filme apenas… funcione. Magenta é vilão da vez, mas a nenhum momento apresenta perigo para os personagens, ele apenas assumiu a empresa do seu pai e usa de sua inteligência para enganar o Dr. Hedo, que apenas quer criar super heróis para ajudar as pessoas, e assim acabar com os Sayajins. Mas mesmo Dr. Hedo falando que suas criações serão necessárias para exterminar toda a corporação capsula, você não sente que nossos Sayajins estão em constante perigo, pelo contrário, você sente que a Red Ribbon está em perigo, pois eles não sabem com quem estão mexendo.

 Já os Gamas tinham de tudo para serem adversários memoráveis, mas acabam servindo apenas para ter – ótimas – sequências de luta no filme. Para entender seu objetivo ou entender sua história é necessário prestar bem atenção, pois é o famoso piscou perdeu. E eles tem sim sua importância e simpatia dentro do filme, principalmente quando se aproxima do final, mas ao mesmo tempo se eles não estivessem ali qualquer outro personagem poderia assumir o seu risco e em minha opinião, seria bem mais emocionante. Mas assim como qualquer outro personagens do Toriyama eles são bastante carismáticos e trazem certa leveza pro filme, confesso que seria interessante velos no anime melhor trabalhados.

Muito CG para pouca história.

Ao bater o olho no filme pode ser que você estranhe o que está acontecendo, até porque sejamos sinceros, todos já estamos acostumados a ver Dragon Ball com traços feitos a mão – mesmo que nem sempre muito bem trabalhados – e ao iniciar o filme temos Goku e cia trazidos a vida pelo CG. Honestamente o Cg do filme foi muito bem trabalhado em algumas horas, principalmente nas finais, e em outras parece que estamos dando iniciar em um jogo de Playstation 2.

 Da pra perceber que eles mantiveram um certo cuidado ao trabalharem as cenas de luta. Tendo em vista que a  primeira batalha entre Piccolo e Gama #2 serve como um tira gosto do que está por vir mais a frente, as explosões, transformações e destruições de terreno já conhecidos do publico ficam ainda mais surpreendentes. Principalmente quando se trata de toda sequencia final que dura exatos 25 minutos! É lindo ver como o movimentos dos personagens está muito fluido e suas expressões não incomodam, já que eles trouxeram todo o traço de Akira Toriyama para o 3D.

 Mas infelizmente o que aparenta é que todo o orçamento do filme foi para o CG. A história poderia muito bem ser melhor desenvolvida já que dentro de seus 99 minutos de duração temos partes em que não acontece simplesmente nada e um cameo de Goku e Vegeta que não acrescenta no andar da história. E as coisas ficam ainda mais estranhas quando tomamos conhecimento que todo o desenrolar do filme vem de uma mentira contada por Magenta para o Dr.Hedo e mais uma vez, não que eu estivesse esperando algo extremamente bem trabalhada vindo de Dragon Ball, mas é decepcionante ver que o desenrolar da historia é tão simples que chega a ser sem graça.

 As coisas começam a acontecer de forma tão rápida e abrupta que de uma hora para a oura a grande batalha final já está rolando e você se vê perdido entre tudo que poderia ter acontecido. Dava sim para fazer uma história um pouco melhor para o filme, ainda mais se tratando de que o grande vilão do filme, aquele que sim vai fazer nossos heróis passarem perrengues é jogado no filme de uma maneira bem imprevista.

 

 Mas uma coisa que não da para reclamar é que o bom e velho Dragon Ball está presente a todo momento do filme. Desde as interações entre Piccolo e Pan ou Piccolo e Bulma. A grande reunião de personagens para uma possível luta até a morte ou um Gohan se tornando o grande deus da suprema força e quebrando um novo Cell na porrada e soltando um esplêndido makankosappo. E claro não podemos esquecer do bom e velho humor presente em todo o grupo.

Veredito.

 No fim das contas Dragon Ball Super: Super Hero é um ótimo filme de Dragon Ball que no fim poderia ser melhor trabalhado, mas é uma carta de amor para os fãs mais assíduos e que demonstra muito bem que tem ótimos personagens além de Goku e Vegeta para tomar a frente das coisas. E que a inovação as vezes é sim uma coisa boa, pois para a proposta do filme e para o que ele lhe entrega, o 3D traz um novo deslumbre para essa história de forma surpreendente e de tirar o folego.

Aficionado por animações e estudante de jornalismo pronto para o resgate!

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