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Crítica | Gato de Botas 2: O Último Pedido – A jornada pelo desejo de viver

Cinema

Crítica | Gato de Botas 2: O Último Pedido – A jornada pelo desejo de viver

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Tendo aparecido pela primeira vez em Shrek 2, o Gato de Botas (Antonio Banderas e dublado por Alexandre Moreno no Brasil), volta para as telonas com uma nova história Em uma trama onde o nosso amado justiceiro está em uma jornada pela sua vida. Obrigado a se aposentar após morrer 8 vezes, o Gato se vê perseguido por um lobo ceifador (Wagner Moura) enquanto parte para achar a estrela dos desejos, mas nada é tão fácil já que no caminho para a Floresta Negra ainda tem a Cachinhos Dourados (Florence Pugh) e sua família de ursos e o colecionador de artefatos mágicos, Jack Horner (John Mulaney) em uma aventura para toda a família.

Todo mundo quer a vida que um gato tem!

 É interessante notar como Gato de Botas 2: O último pedido brinca com o sucesso do personagem dentro e fora das telas. O charmoso Zorro felino tem uma legião de fãs que, mesmo depois anos, ainda seguem fies esperando seus próximos passos. Algo como o publico esperando continuações de filmes que tem um final bem fechado, como por exemplo, o primeiro filme solo do personagem lançado em 2011. Mas ainda bem que a Dreamworks decidiu por não parar a franquia.

 Logo no inicio já somos apresentados a uma Dreamworks que sem medo volta as raízes e apresenta um filme mais próximo possível do amado Shrek, diferente do primeiro que tomou um tom mais “sério”, Gato de Botas 2 traz a famosa e espalhafatosa maneira de zoar os contos de fadas apresentados nos filmes do ogro, misturado com o bom humor e um visual deslumbrante que foge do realismo costumeiro da empresa e entrega algo mais próximo de Homem-Aranha: No Aranhaverso.

 Os eternos adiamentos parecem ter ajudado a nova aventura a ter uma atenção maior para os detalhes técnicos, as cenas de luta são fluídas e de encantar os olhos, por mais que em momentos chaves ela pareça perder um pouco a qualidade. Porém nada que prejudique a experiência de assistir uma luta colorida e dinâmica em tela ou cenas que te façam prender a respiração, como o primeiro encontro entre o Gato e o Lobo Mal.

Tudo na medida certa.

 Gosto como fica trabalhado a questão do amadurecimento do personagem, se no passado o justiceiro mais ligava para si do que para os outros, com a morte a caminho vemos um Gato mais velho (atenção para a barbinha) e que após a aposentadoria começa a ver que seus anos de garotão estão ficando no passado. A construção do destemido Gato para alguém que corre atrás do desejo de viver é muito boa de se ver, tudo graças a uma boa escolha de coadjuvantes e antagonistas que só ajudam na jornada do Zorro felino.

 A forma escolhida pelo diretor Joel Crawford (Os Croods 2) de contar essa história faz com que a trama não tenha pontas soltas e apresente com cuidado cada um dos personagens de maneira que faça a carruagem andar no tempo certo. São apresentados os traumas de cada um dos personagens como abandono, luto e auto aceitação de forma fácil e com certo cuidado que impressiona. Personagens novos como a Cachinhos Dourados e os três ursos não são meras peças jogadas no tabuleiro, ao longo do filme eles tem suas histórias apresentadas e bem trabalhadas.

 Outro ponto alto do longa fica por conta da volta de Kitty Pata-Mansa (Salma Hayek) e a adição do fofíssimo Perrito (Harvey Guillén). Enquanto Pata-Mansa está ali para trazer o tom mais romântico do filme e nos atualizar do passar de tempo entre as tramas, Perrito é o verdadeiro alivio cômico da história. Com um humor mais ácido, é fácil sentir pena e rir das piadas macabras contadas pelo inocente vira-lata que foi abandonado ainda quando filhote.

 Até mesmo os vilões da trama são diferenciados um do outro, enquanto Jack Horner é mais aquele figurão que apenas é malvado por natureza. Temos o Lobo Mal, um personagem sombrio e macabro que desde sua primeira aparição te deixa de pelos arrepiados, o clima pesado que ele deixa sempre que está em cena mostra como um vilão bem trabalhado pode acabar por se tornar o grande ponto alto da trama. Coisa que a Dreamworks sempre soube fazer muito bem, sejamos sinceros.

 No fim das contas Gato de Botas 2 é uma tremenda surpresa que traz um visual mais estilizado e uma trama bem amarrada que te prende a cada segundo. O longa tem uma história de auto aceitação e sobre desejos, de reconhecer que talvez as coisas mais simples estejam se realizando na frente de seus próprios olhos. Com personagens cativantes e até mesmo uma musica que fica grudada em sua cabeça. É legal perceber que a Dreamworks teve um ótimo 2022, se contar que Os Caras Malvados é uma das animações mais originais desse ano.

 Mas nós sabemos que esse não é o fim do nosso justiceiro felino favorito e estejam preparados porque se a Dreamworks continuar – e espero que continue – trabalhando tão bem as suas próximas aventuras. Creio eu que Shrek 5 possa ser o grande ponto de partida para uma nova era das animações!

Nota:4/5 

Aficionado por animações e estudante de jornalismo pronto para o resgate!

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