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Especial Star Wars | O Império Contra-Ataca me ensinou a dominar a Força

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Especial Star Wars | O Império Contra-Ataca me ensinou a dominar a Força

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Em 25 de maio de 1983, chegava aos cinemas americanos a conclusão da trilogia clássica de Star Wars. O que parecia ser o fim, se tornou apenas a terceira pedra fundamental de diversas obras que viriam nos anos seguintes. Livros, quadrinhos, séries em live-action e animações, Star Wars se expandiu de maneira inimaginável e hoje é muito mais do que apenas uma série de filmes. Entre erros e acertos, esse universo ainda é o lar de diversas pessoas que buscam força na luta contra o Império.

A equipe da Torre de Controle aproveitou o ano em que se completam 40 anos da trilogia clássica e a recente estreia da série Ahsoka no Disney+ para falar sobre suas obras favoritas nessa galáxia tão, tão distante.

Star Wars - Vader e Luke

Disney/ Divulgação

Star Wars – Episódio V: O Império Contra-Ataca, lançado em 21 de julho de 1980, é aquele tipo de filme que eu lamento não estar vivo para ter assistido no cinema. Considerado por muitos, ao lado de Rogue One, como o melhor filme da Trilogia Clássica, quiçá de todos os filmes de Star Wars, O Império Contra-Ataca amplificou o sucesso do primeiro, carregando consigo uma trama consistente e com um dos maiores plot-twists da história do cinema.

É curioso ver como um filme teoricamente simples consegue ser tão efetivo em apresentar tramas bem amarradas e coerentes, com um Império que agora tem seu poder sendo revelado de fato, com destaque a astúcia em estratégia ao encurralarem o núcleo de Han, Leia e Chewie enquanto tentavam consertar sua nave no planeta das nuvens onde somos apresentados ao icônico Lando Calrissian, sem saber que o Império já os aguardava ali. Paralelo a isso, nosso jovem herói Luke Skywalker se dirige a Dagobah para receber o treinamento apropriado e ser considerado um Jedi.

Nesse filme fica evidente como George Lucas logrou êxito em colocar na tela toda a dimensão narrativa e magnânima do enredo místico de Star Wars, ampliou o que introduziu sobre o uso da Força no último filme, mostrou como o jovem Luke precisava resolver seus dilemas e ser treinado, fazendo assim com que ele se reconectasse com a figura de um mentor que havia sido perdida quando Kenobi se entregou a força na luta contra Vader. O treinamento de Luke é feito por Mestre Yoda, um lendário Jedi que havia se isolado num planeta improvável e que se tornaria um queridinho dos fãs.

Até então, toda a mística que havia sido construída sobre a Ordem Jedi havia sido passada superficialmente no filme anterior e, ninguém iria imaginar que um desses Cavaleiros guardiões da paz seria um ser verde do tamanho de uma criança e com a fala curiosamente engraçada. O treinamento pode parecer maçante num primeiro momento, mas ele é muito importante para criar uma conexão de Luke com a Força e, mais do que isso, uma conexão do herói com o espectador que pode degustar gradativamente dos dilemas e questionamentos do jovem.

A consolidação do casal Han e Leia com a emblemática cena do “eu te amo” com a resposta “eu sei” que estampa camisetas, canecas e quadros decorativos até hoje, foi um acerto em consolidar a figura de Han como o convencido contrabandista que aparentemente também tinha sentimentos afinal, ao passo que desarmava Leia e a humanizava para além do título de Princesa e atitude petulante diante das provocações de Han Solo.

Todos os arcos são bem trabalhados nesse filme e aprofundados de maneira a construir o que seria o ápice surpreendente, a grande revelação da paternidade de Luke. Aqui mora a única controvérsia da película, pois algumas pessoas acreditam que o filme termina dependendo necessariamente de sua continuação, sem apresentar um arco mais fechado como vimos no filme anterior. Bem, isso poderia ser um problema para aqueles que assistiram à estreia do filme no longínquo 1980 e, a menos que o ele fosse um sucesso, não seria possível saber o que haveria de suceder nessa fantástica história, mas, se por um lado não fui agraciado com a possibilidade de estar na sala de cinema assistindo em primeira mão a esta obra-prima, a Força me abençoou de poder assistir à Trilogia Clássica já completa em todo resplendor de sua glória.

Mais do que um grande filme, O Império Contra-Ataca elevou Star Wars ao patamar de Clássico, com um orçamento superior ao seu antecessor, efeitos mais robustos e um roteiro eficaz em toda sua simplicidade. Este filme me faz lembrar o motivo pelo qual me apaixonei por Star Wars, é um filme onde desenrolamos conflitos, assim como eu quando, ainda entrando na adolescência, o assisti pela primeira vez ao lado de meu pai que, entusiasmado, me dizia que este filme havia marcado a vida dele.

Naquela altura da vida, eu começava a me entender como gente e percebia que a existência estava para mim como a Força se apresentava para Luke, como algo novo que estaria inerente a mim mesmo que eu não quisesse, e que eu deveria enfrentar meus dilemas e me fortalecer o suficiente para o que haveria de vir, e que de fato veio, para mim e para Luke.

Confira a nossa série especial sobre Star Wars clicando aqui.

Jogador de shooter, survival horror, horror games e todos seus sub-gêneros. Músico e fã de Queen, Muse e Avenged Sevenfold. Idoso de alma e amante de café.

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