Em uma reunião de acionistas da Disney, foi anunciado que o remake live-action de Mulan, uma das estréias mais aguardados desse ano, não terá exibição em cinemas. O longa será lançado diretamente na Disney+, custando $29,99. Além disso, territórios onde o serviço ainda não chegou, como o Brasil e vários países da Europa, receberão o filme em cinemas.
Esse é a mais recente, e com certeza mais drástica, mudança de paradigma na indústria de cinema causada pela pandemia de COVID-19. Vários filmes menores, como Scooby! e Trolls: Turnê Mundial, optaram por esse rumo, mas filmes do porte de Mulan, como Velozes e Furiosos 9, 007: Sem Tempo para Morrer e Mulher Maravilha 1984 optaram por adiamentos por tempo indefinido. A Disney já havia adiado Mulan duas vezes antes, assim como várias estréias do seu catálogo e levou o filme Artemis Fowl direto paar a Disney+. Mas um filme desse nível e potencial de renda é um evento inédito. A Disney tinha sido categórica em afirmar que não iria abandonar os cinemas, mas parece que agora o dinheiro está falando mais alto.
Resta saber se essa ideia vai emplacar, já que será um custo de mais de 150 reais, mais a mensalidade do streaming. Se emplacar, a distribuidora pode ficar mais propensa a liberar seus outros filmes como Viúva Negra e o tão aguardado Novos Mutantes. E também fica no ar se essa notícia vai impactar a estratégia da Warner de lançar Tenet em Agosto, já que o diretor Christopher Nolan está convicto que isso irá salvar a indústria cinematográfica.