A nossa amada Sony, mãe do PlayStation, havia decidido desligar a loja de alguns dos seus consoles antigos, o PlayStation Portable, ou PSP, o PlayStation Vita e o PlayStation 3. Muita gente correu para comprar jogos que ficariam presos para sempre nessas plataformas. Mas uma galera resolveu fazer o que todos nós deveríamos fazer: reclamar, e muito.
E depois dessa péssima repercussão, eles decidiram manter as lojas abertas, exceto a do PSP. Essa péssima atitude da Sony ia deixar mais de 2 mil jogos perdidos para “sempre”, ou até que um remaster ou remake fosse feito. Porém, isso não é algo tão simples assim, já que muitas empresas já não existem mais, ou foram adquiridas por outras, ou quebraram. Enfim, a lista de possibilidades é enorme.
Infelizmente, estamos vivendo em uma era onde estamos, efetivamente, presos a diversas mega corporações. Somente temos acesso aos conteúdos que elas querem, se algo não agrada ou aponta coisas que uns poucos acham melhor esquecer, então tiram das plataformas e adeus conteúdo. Isso ainda não chegou ao mundo dos games, mas vai saber.
Uma das coisas que mais me impressionam é a falta de preservação da história dos games. Não só dos jogos em si, mas sim de toda essa nossa cultura. Diversas revistas se perderam, informações sobre eventos e títulos que nunca foram lançados, entre muitas outras coisas.
Essa atitude da Sony mostra uma parte disso. O desdém dela em ter uma retrocompatibilidade com toda a sua biblioteca é parte de um problema ainda maior. O chefão da empresa, Jim Ryan, disse, em 2017, que essa era uma opção muito solicitada pelos jogadores, mas que ninguém realmente usava.
Após isso, a Microsoft intensificou o seu programa de retrocompatibilidade e atualmente, no Xbox Series X|S, o console consegue rodar toda a biblioteca do Xbox One, e os games que já haviam sido adicionados do Xbox 360 e do original, com a promessa de mais jogos serem disponibilizados no futuro. A Sony, no PlayStation 5, disponibilizou quase toda a biblioteca do PlayStation 4, com algumas poucas exceções, e nada dos demais consoles da empresa.
Essa falta de retrocompatibilidade com os demais consoles da família PlayStation, para mim, é quase como um crime. Eu não sou obrigado a entender de engenharia ou o que quer que seja, tudo o que quero é ter a opção de jogar os games do PlayStation 1 ou 2 a hora que eu quiser, mesmo que sejam poucos títulos a princípio. Particularmente, acho os dois primeiros consoles da Sony alguns dos melhores já feitos na história dos games, e essa falta de carinho e tato é alarmante com o legado criado pela própria empresa.
Graças a reclamação da comunidade, a Sony felizmente voltou atrás. Ah, e não pensem que eu esqueci a Nintendo não. Essa coisa de lançar um game por um período curto de tempo e gerar escassez no mercado é uma atrocidade, mas vou me dirigir a isso e a briga inútil da empresa contra a emulação em outro texto.
Obrigado, Sony, por fazer apenas a sua obrigação. Nós, os fãs, agradecemos demais, e que o legado possa continuar por muitos e muitos anos mais.