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Porque você DEVE jogar Yakuza pela ordem cronológica
Yakuza, Yakuza 2, Yakuza 3, Yakuza 4, Yakuza 5, Yakuza 6: The Song of Life, Yakuza: Like a Dragon, Yakuza: Dead Souls, Yakuza Ishin, Yakuza Kiwami… São realmente muitos títulos! E olha que apenas citei os que vieram em minha mente na construção deste texto, pois ainda há vários jogos que ficaram de fora dessa lista, entre eles os games da franquia Judgment, o que só ajuda a demonstrar o quão popular a história de Kazuma Kiryu, Haruka Sawamura e companhia se tornou nos últimos anos. Ainda que seja visto como uma franquia de nicho pela própria Sega, é inegável que Yakuza alcançou os ouvidos até mesmo daqueles jogadores que não possuem o menor costume de jogar games mais orientais, e tudo isso graças aos inúmeros memes (dame da ne que o diga), uma fanbase recheada de fãs fiéis, e o ótimo trabalho de localização da Sega of America ao adaptar as japonesices da Ryu Ga Gotoku Studio para as terras ocidentais. Logo, era mais do que certo que esses holofotes despertassem o interesse de um público maior uma hora ou outra.
Mas entrar de cabeça na franquia dos descamisados mafiosos japoneses pode ser um pouco assustador para quem não possui nenhum conhecimento prévio sobre os jogos. Afinal de contas, estamos falando de uma série que possui nada mais que 17 JOGOS, incluindo os spin-offs. E por mais que a série principal seja numerada, ainda é assustador para um iniciante ter que decidir como começar uma série tão grande, visto que apenas a saga do Dragão de Dojima conta com 7 jogos principais para contar a sua jornada inteira do começo ao fim, e para complicar ainda mais, Ichiban Kasuga chegou em 2020 assumindo a franquia com Yakuza: Like a Dragon. É certamente muita informação para absorver, não é mesmo?
É por isso que depois de mais de 450 horas jogadas dos principais games da série e mais outras dezenas de horas apenas me aprofundando nas histórias de produção dessa franquia tão querida, digo a você, leitor, que a melhor maneira de começar Yakuza é seguindo sua cronologia. Através de meu artigo, pretendo ajudar todos os curiosos de plantão ao introduzir um pouco mais sobre a criação de Toshihiro Nagoshi e explicar o porquê de seguir a linha do tempo em Yakuza ser tão importante para tirar o melhor proveito desses jogos, tão conhecidos por suas narrativas envolventes e personagens bem construídos.
Conhecendo os títulos
Primeiramente, um breve resumo de cada título da franquia que irá aparecer neste artigo (ou não) para facilitar o nosso entendimento, além do ano em que cada história se passa entre parênteses:
Yakuza 0 (1988)
O jogo que mostra os primeiros anos de Kiryu Kazuma dentro da Yakuza e a transformação de Goro Majima em temível Mad Dog of Shimano. Situado no período do “Milagre Econômico Japonês”, ambos os protagonistas se envolvem em um conflito interno do Clã Tojo na luta pelo controle de um pedaço de terra chamado Empty Lot, cuja disputa será responsável por unir o destino desses dois personagens e introduzir sua icônica rivalidade.
Nota do autor: Disparado o meu jogo favorito da franquia. Absurdamente bem escrito e viciante.
Yakuza / Yakuza Kiwami (1995/2005)
Anos após os acontecimentos de Yakuza 0, Kiryu é preso por assumir a culpa de um crime que não cometeu com o intuito de proteger seu irmão de juramento, Akira Nishikiyama. Tendo cumprido pena de 10 anos, Kiryu é solto e logo se encontra no dever de proteger uma garotinha chamada Haruka Sawamura das mãos da Yakuza, pois a jovem é apontada como a principal suspeita de conhecer o paradeiro dos 10 bilhões de yen roubados do Clã Tojo.
Yakuza 2 / Yakuza Kiwami 2 (2006)
Tentando viver uma vida como um cidadão comum com sua agora filha adotiva, Haruka, Kiryu é trazido de volta para o centro dos conflitos da Yakuza ao precisar restabelecer a paz entre sua antiga organização, o Clã Tojo, e seus rivais, a Aliança Omi, que ameaça implodir após Ryuji Goda, o Dragão de Kansai, tomar a liderança do grupo.
Yakuza 3 (2009)
Kiryu e Haruka conseguem se manter longe dos problemas da Yakuza ao firmar uma vida tranquila administrando o orfanato Morning Glory na ilha de Okinawa. Porém a paz é interrompida quando conflitos políticos ameaçam destruir seu novo lar.
Yakuza 4 (2010)
A morte misteriosa de um low-rank da Yakuza traz à tona os segredos do assassinato de Yoshiharu Ueno, líder do Clã Uena Seiwa, em 1895, e entrelaça as histórias de Kiryu e três novos protagonistas, Shun Akiyama, Taiga Saejima e Masayoshi Tanimura.
História imbecíl.
Yakuza 5 (2012)
Em uma das histórias mais complexas e bem escritas da franquia, o passado de Kiryu volta a atormentá-lo quando ele percebe que isso poderá afetar o sonho de Haruka em seguir a carreira como cantora. Vivendo deprimido como taxista na cidade de Fukuoka, longe de sua filha adotiva e das crianças do orfanato, Kiryu mais uma vez se vê entrelaçado nos caminhos de Haruka, Akiyama, Saejima, e um novo protagonista, Tatsuo Shinada, quando uma possível guerra entre o Clã Tojo e a Aliança Omi ameaça surgir.
Yakuza 6: The Song of Life (2016)
O capítulo final da jornada do Dragão de Dojima. Após Haruka sumir misteriosamente, Kiryu logo descobre que não só sua filha adotiva sofreu um grave acidente, como também deixou para trás o seu filho recém-nascido, Haruto. Procurando respostas, Kiryu parte para a cidade de Onomichi em busca do paradeiro do pai de Haruto e do responsável pelo acidente com Haruka.
Yakuza: Like a Dragon (2019)
Low-Rank na família Arakawa, Ichiban Kasuga precisa assumir a culpa por um assassinato que não cometeu com o objetivo de proteger sua família e seu patriarca. Liberado da prisão após 18 anos, Ichiban descobre não só que o homem que mais admirava o abandonou, como também traiu o próprio clã no processo. O título inicia a saga de Ichiban como o novo protagonista da franquia Yakuza.
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Todos familiarizados? Pois agora é hora de mergulharmos mais a fundo nessa história. Mais especificamente, os submundos das grandes cidades japonesas.
Kamurocho: O distrito que nunca dorme
Algo em comum entre todos os títulos de Yakuza até então é a localidade principal onde essas histórias se passam. Kamurocho é o distrito fictício do universo do jogo, uma recriação do verdadeiro distrito da luz vermelha Kabukicho, localizado em Tóquio. Como o próprio termo já sugere, distrito da luz vermelha é designado a locais que concentram grande parte de comércios ilegais, como prostituição, jogos de azar e até atividades criminosas. Local perfeito para que a Yakuza se instale e faça seus negócios, não é? Portanto, não é exagero dizer que Kamurocho É o coração da franquia. Quase todos os momentos chaves da narrativa de Yakuza acontecem nesse local, não importando em qual ano tal título ocorra.
É por conta da importância que Kamurocho dá a franquia que a Ryu Ga Gotoku Studio deu um tratamento caprichado a esse local tão icônico, sendo tratado até mesmo quase igual aos personagens principais da série. O ponto é: Kamurocho está sempre em constante mudança. É uma experiência tão semelhante às que ocorrem na vida real, basta relembrar um local que você chegou a frequentar há muito tempo atrás, para então descobrir que esse mesmo lugar já não existe mais, dando assim espaço para um novo estabelecimento. A RGG Studio trás para seus jogos esse sentimento de familiaridade e saudosismo ao nos fazer acompanhar esse crescimento e mudança de um “personagem” tão querido. Muito longe de ser apenas um ato de trabalho preguiçoso de uma desenvolvedora ao reciclar mapas de jogos passados, é apenas o comprometimento em transformar a jornada de Kazuma Kiryu e Ichiban Kasuga em algo crível e mais pessoal para seu público.
Yakuza 0 (1988)
Yakuza Kiwami 2 (2006)
Yakuza: Like a Dragon (2019)
Yakuza 0 (1988)
Yakuza Kiwami 2 (2006)
Yakuza: Like a Dragon (2019)
A cada jogo, um restaurante novo abre, um antigo fecha suas portas, enquanto outros parecem permanecer intactos mesmo após mais de duas décadas. Não apenas os estabelecimentos mudam, a estrutura do distrito e todo seu visual acompanha as tendências de cada ano. Se em 1988 o neon e os gigantescos letreiros iluminados faziam parte da estética oitentista, passamos a ver arquiteturas muito mais modernas e ausência daquela extravagância ao avançar um pouco mais no tempo, como em 2019, por exemplo. Sim, podem ser detalhes até pequenos para quem não é um jogador tão exigente. Mas acredite, são mudanças que fazem muito a diferença na construção de mundo e na sensação de pertencimento ao seguirmos a história do Dragão de Dojima por sua cronologia. Retornar a Kamurocho a cada nova narrativa e em uma época diferente é como reencontrar um velho amigo que você conhece desde criança.
Desenvolvimento de personagens: o pilar de uma narrativa
Não é apenas Kamurocho que muda ao longo dos anos, mas os personagens, pilares tão importantes dentro desse universo, acompanham também essa passagem de tempo. Kiryu Kazuma não tornou-se o temível e lendário Dragão de Dojima da noite pro dia, tampouco Goro Majima adquiriu sua conhecida personalidade exagerada e imprevisível porque era algo que deu na telha. Personagens como Kiryu, Majima e muitos outros que aparecerão durante a franquia possuem muitas lições de vida e cicatrizes para passar não só ao seu público, mas também em interações entre o restante do elenco dentro dos jogos. Isso é um fator muito importante para narrativa como um todo, pois impede que seus personagens mantenham-se estagnados, e permitindo-os que estejam sempre evoluindo a cada nova história.
Mal comparando, começar Yakuza aleatoriamente é como iniciar o Universo Cinematográfico da Marvel por Guerra Infinita. Não só perderíamos anos de construção de mundo e os principais climáx responsáveis por definir eventos futuros, mas também do entendimento do que motiva as ações de diversos protagonistas da franquia. Não é à toa que chamamos a história de Kiryu Kazuma de uma jornada, pois o conflito principal do personagem, que é entre viver uma vida normal junto de sua filha adotiva Haruka ou aceitar o fardo de ser uma lenda da Yakuza, é posto à prova durante as quase três décadas de sua vida, culminados em sete jogos da franquia principal, tendo o final de sua história escrita brilhantemente em Yakuza 6: The Song of Life e assim passando o legado da franquia para Ichiban Kasuga, o novo protagonista de Yakuza.
Chegar até a saga de Ichiban com toda a bagagem adquirida dos títulos anteriores é outro ponto que considero especial dentro da experiência. Mesmo não sendo necessariamente errado iniciar Yakuza por Like a Dragon, o jogo ainda é carregado de fanservices e do retorno de muitos rostos antigos, sem contar as inúmeras analogias que o game cria ao introduzir temáticas muito semelhantes – eu diria até mesmo idênticas – das que estão presentes no primeiro Yakuza, o jogo que introduziu Kiryu ao universo dos jogos, e também em seu remake (Kiwami). Apesar disso, ainda continua sendo uma decisão a cargo do jogador, mas na visão de quem vos escreve, quando se tem um conhecimento prévio dos acontecimentos da série, ver o choque de gerações diferentes dentro da Yakuza e a passagem de tocha de uma lenda do Clã Tojo para um low-rank dentro da organização certamente ganha mais camadas.
Todo esse cuidado que o time da RGG Studio dá a coesão narrativa da franquia ganha mais peso ainda quando não só acompanhamos o desenrolar desses conflitos pessoais, mas também o envelhecimento desses personagens. Se a série se inspira nas próprias mudanças da sociedade japonesa e a influência da Yakuza na vida real ao longo de mais de duas décadas, nada mais justo também que a passagem de tempo afete seu elenco. Sim, Kiryu e companhia envelhecem em aparência, não só em mentalidade. É um outro detalhe absolutamente essencial para lembrarmos a todo momento que aquele universo, por mais que seja fictício, ainda traz consequências. Fios de cabelos grisalhos vão surgindo, feições mudam e as crianças do elenco amadurecem a cada nova história, e acompanhar essas mudanças certamente aproximam o jogador de uma obra ao despertar-nos sentimentos como empatia e compaixão. Basta comparar novamente com a realidade e perceber que o mesmo processo ocorre com nossos familiares e amigos, e que é algo que a franquia Yakuza consegue simular muito bem.
Kiryu e Haruka provavelmente são os dois personagens que possuem um tratamento mais cuidadoso quando o assunto é seu processo de envelhecimento, pois afinal de contas, os jogos principais da série – com exceção de Yakuza 0 e Like a Dragon – giram em torno da construção de seu relacionamento como pai e filha e as dificuldades que ambos enfrentam por conta do passado de Kiryu na Yakuza. Como mencionado nos resumos dos jogos no início do texto, deixa-se claro que não será um conflito que vá se resolver em apenas uma história, mas algo que perdurará por muitos anos até a chegada de uma conclusão definitiva. Logo, os fatores de amadurecimento e passagem de tempo ajudam ainda mais a criar essa carga dramática que a narrativa tanto precisa, e assim como usei Kamurocho como exemplo de coração da franquia no tópico anterior, nada mais justo que dizer que Kiryu e Haruka compartilham dessa mesma função como os pilares dessa franquia.
Yakuza is a serious crime drama
Não é por este tópico estar em último nessa lista que ele seja de alguma forma menos importante. É durante as pausas nas longas campanhas dos jogos que Kiryu e companhia tiram um tempo livre para aproveitar tudo o que Kamurocho tem a oferecer, pois afinal de contas “Yakuza is a VERY serious crime drama.” , e não há nada mais sério no mundo que ajudar Stephen Spining a gravar um clipe com Miracle Johnson, jogar boliche com seu rival de tapa olho ou lutar contra um aspirador de pó gigante fora de controle.
As substories em Yakuza são conteúdos tão excelentes quanto as histórias contadas nas campanhas principais, elas servem tanto como um equilíbrio entre seriedade e humor em cada jogo quanto uma oportunidade para expandir Kamurocho e trabalhar em diversos outros traços de personalidade dos protagonistas. E mesmo entre inúmeros jogos da série, sejam as principais ou de spin-offs, a qualidade dessas histórias paralelas e outras atividades secundárias parece só vir melhorando com o tempo.
É falando nessa qualidade presente das substories que encontramos também a atenção aos detalhes que eu vinha demonstrando ao longo do texto. Há centenas de curtas histórias, com início, meio e fim que você poderá encontrar em cada canto de Kamurocho, cada uma delas com as situações mais bizarras possíveis, mas também há outras dezenas delas que irão recompensar aquele jogador de longa data, transformando alguns desses bizarros encontros em laços mais profundos, tanto para o protagonista quanto até mesmo o jogador.
O que eu estou querendo dizer basicamente aqui é que, sim, certos personagens secundários de substories também retornam e trazem junto situações diferentes das que introduziram anteriormente, enquanto outros importunam Kiryu a todo momento obrigando-o a acertar contas, dando uma espécie de continuidade a substories finalizadas há anos atrás dentro da cronologia da franquia. Um desses exemplos seria o icônico Jo Amon, figura conhecida entre a comunidade de Yakuza, tendo feito sua estreia no primeiro Yakuza de PlayStation 2 e que desde então apareceu em quase todos os jogos da série, às vezes sozinho ou na companhia de seus outros irmãos.
A principal exigência para iniciar a sidequest do Amon é o simples dever de completar todas as histórias paralelas do título que o jogador estiver jogando. Coisa básica, não? É apenas o preço a se pagar para enfrentar um assassino do Clã Amon e um dos rivais mais antigos de Kiryu Kazuma. Então se você quer saber o que faz com que este homem insista em perseguir nosso protagonista por todos esses anos, só dedicando umas boas horas da sua vida para descobrir o porquê. Boa sorte, pois eu não tive essa paciência.
Outro exemplo muito bacana são as aparições do nosso eterno virgem amigo Pocket Circuit Fighter, ou Fujisawa para os mais próximos. O maior entusiasta do minigame de kart do jogo quase sempre faz suas aparições no próprio estabelecimento do Pocket Circuit, tentando empurrar ao Kiryu – e até mesmo o pobre Majima – a sua paixão por corridas de carrinhos, o que acaba gerando momentos de puro humor pelo qual os jogos da série vieram a ganhar fama ao longo dos anos, sem contar um momento específico em uma dessas sidequests que eu pessoalmente considero como uma das mais hilárias entre os conteúdos secundários da franquia. Afinal, nada mais normal que assistir a dois homens da Yakuza apostando uma corrida com carrinhos de brinquedo num ambiente familiar.
Apesar dos exemplos citados, não irei transformar esse tópico em uma exigência para todos aqueles que um dia pretendem iniciar a franquia, pois sei que nem todos possuem interesse ou tempo para mergulhar nas dezenas de horas desses jogos condensadas em atividades secundárias, mas para aqueles jogadores que gostam de explorar 100% cada cantinho do mapa de um game, ou que apenas tem interesse nas inúmeras japonesices que só Yakuza pode oferecer, saiba que você será muito bem recompensado.
E onde Judgment se encaixa?
Ainda que não cause o mesmo barulho que seu irmão mais velho, a franquia Judgment também encontrou seu público igualmente fiel desde seu lançamento, em 2019, e ganhou um pouco mais de holofote dentro da mídia com sua sequência Lost Judgment. A ideia do jogo nasceu da vontade de Toshihiro Nagoshi em fazer algo diferente, fazendo-o então bolar uma narrativa que tirasse os olhos da Yakuza e dessa vez nos dando o controle de um detetive em uma história com foco maior nos elementos de investigação e suspense. Com uma campanha inédita e personagens criados do zero, Judgment é uma franquia que possui seu próprio brilho e características distintas, mas que ainda traz consigo algumas assinaturas típicas da RGG Studio, como o mapa de Kamurocho, o humor escrachado presentes nas sidequests e o sistema de combate. Portanto é bem justificável que isso traga mais uma vez confusão para os novos fãs.
Mas não há motivo para tanta preocupação pois mesmo tratando-se de um spin-off, as campanhas de ambos os Judgment não possuem qualquer referência ou menção aos acontecimentos dos títulos de Yakuza, podendo ser aproveitadas por qualquer um que tenha interesse na história de Takayuki Yagami. Já as mecânicas de gameplay foram retrabalhadas nos jogos com o intuito de aproximar ainda mais jogadores novatos, enquanto as seções de investigação foram introduzidas na campanha para atender ao propósito narrativo de jogarmos na pele de um próprio detetive. Até mesmo Kamurocho, tão reutilizada nos jogos do estúdio, ganha uma abordagem bem diferente do que de costume ao apresentar uma estética noir e mais sombria, dando ao game o ambiente perfeito para uma história de assassinatos e investigações.
Esses elementos são os que fazem a franquia Judgment ser algo inédito tanto para os novos jogadores, quanto até mesmo para os de longa data, conseguindo surpreender ambos os seus públicos. Então se você procura por algo diferente do habitual e que não o prenda a nenhum tipo de continuidade, a saga de Yagami é a escolha perfeita.
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Com tudo isso em mente, espero que essa matéria seja útil para despertar a curiosidade de todos em relação a essa franquia que há tempos se manteve escondida dos olhares ocidentais, e que agora vem atraindo cada vez mais um público bem diferente do habitual, já que nunca foi tão fácil e acessível quanto antes ser um fã de Yakuza. Portanto, pegue a plataforma de sua preferência e bom jogo a todos. Essa vai ser uma longa e inesquecível viagem.