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Análise | Ryzen 5 5500 tem ótima relação de preço e performance
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2022 já está acabando, e após o lançamento dos processadores Ryzen 7000 e Intel Core de 13ª Geração, o mercado de hardware para esse segmento vai ficar bem acirrado em 2023. Porém, mesmo com a chegada de uma nova arquitetura e soquete, a AMD prometeu que continuará dando suporte aos Ryzen 5000.
Nessa toada, a AMD Brasil enviou o Ryzen 5 5500 para a Torre de Controle, e após algumas semanas de uso, eis a nossa análise completa do modelo.
O Ryzen 5 5500
Lançado em abril deste ano, o Ryzen 5 5500 é um dos últimos lançamentos dos processadores com a arquitetura Zen 3, da AMD, embora, como já comentamos, a empresa afirmou categoricamente que continuará dando suporte do soquete AM4 por bastante tempo. O componente chega para ser uma das opções mais custo x benefício do mercado, e em nossos testes, realmente acaba cumprindo essa função com maestria.
O 5500 é um processador hexa-core, de 6 núcleos e 12 threads, com frequência base de 3.6 Ghz e boost para a casa dos 4.2 Ghz. O TDP é baixo, consumindo apenas 65W, como já era de se esperar, e não exige um chipset muito potente para funcionar. Até mesmo as placas-mãe mais de entrada, como as A320 ou A520 já devem dar conta do recado sem problemas.
O Ryzen 5500 é um modelo localizado abaixo do Ryzen 5600 e do 5600X, chegando para preencher uma lacuna do mercado e ser uma das opções mais acessíveis da AMD para os próximos anos. Todos os processadores são bem similares, com exceção do clock, que sofre algumas variações. Infelizmente não temos esses dois outros modelos para realizar um comparativo, porém, as diferenças de desempenho não devem ser gritantes.
O 5700X é compatível com todas as placas-mãe do soquete AM4, então há um leque maior de possibilidades para montar uma nova máquina ou, principalmente, atualizar o sistema sem precisar de uma nova mainboard.
Testes e benchmarks
Bancada e metodologia
Antes de passarmos para os testes práticos, a nossa bancada é composta por uma placa-mãe Aorus B550I Pro AX, 16 GB de memória RAM DDR4 a 2666 Mhz, e uma RTX 3060. Embora a RTX 3060 não seja a placa ideal para os testes, esse é o único modelo que temos a nossa disposição no momento. O air cooler utilizado foi um Noctua NH-D15 Chromax.
Vale destacar que testamos games narrativos em Full HD e 4K, porém, é bom se concentrar no desempenho em Full HD, uma vez que quanto menor a resolução, maior é a carga para o processador e menor para a placa de vídeo. Conforme subimos a resolução, o processador fica com uma menor carga e a placa de vídeo é o componente que precisa trabalhar mais. Em resumo, quanto menor for a porcentagem de uso do processador, melhor; e quanto maior a porcentagem de uso da placa de video, melhor.
Em Resident Evil Village e Spider-Man testamos as duas resoluções, por serem games single-player e mais cinemáticos, que casam bem com 60 frames travados, como nos consoles. Já em Overwatch 2 e Warzone 2.0, por serem títulos competitivos, os testes foram feitos somente em FHD, já que não há muito sentido em jogar esse tipo de game em 4K.
Ademais, tecnologias de redimensionamento de image, como AMD FidelityFX Super Resolution (FSR) e o Deep Learning Super Sampling (DLSS) são utilizadas em praticamente todos os cenários. Esses recursos podem ajudar a melhor serrilhado e aumentam consideravelmente o desempenho, logo, não há motivos para não utilizar.
Resident Evil Village
Resident Evil Village é um game bem otimizado pela Capcom. Em Full HD, habilitamos a qualidade máxima junto ao FSR 1.0 em modo Ultraqualidade, resultando numa média de mais de 150 quadros pro segundo, com 50% de uso do processador a 53º. Já quando habilitamos o Traçado de Raios, o framerate passa para casa dos 70 FPS, com a CPU operando a menos de 30% da capacidade, e a incríveis 50º.
Para o 4K, mantemos a qualidade máxima, com FSR em modo Equilibrado, e o resultado foi um gameplay perto dos 90 frames na maior parte do tempo, com 40% de uso do processador e 51º. Ao ligar o Ray Tracing, a taxa cai para os 50 quadros, mas o grande gargalo é por conta da RTX 3060, que não consegue acompanhar a resolução.
Spider-Man Remastered
Spider-Man é um game que possui certa alternância de desempenho durante as balançadas de teia na cidade. O Ryzen 5 5500 consegue fazer cerca de 85 frames a 60% de uso, em 55º, utlizando qualidade máxima, resolução FHD e DLSS Qualidade. Quando o Ray Tracing é ativado, colocamos o DLSS em modo Equilibrado, e o framerate fica na média de 57 quadros por segundo, utilizando 70% da capacidade do processador.
Infelizmente não conseguimos realizar testes em 4K no game, uma vez que crashes e bugs acometeram nosso gameplay. Por conta do tempo limitado neste fim de ano, não foi possível esperar mais para concluir os benchmarks em Spider-Man.
Warzone 2.0
Warzone 2.0 é uma caixinha de surpresas quanto a otimização, mas por conta da popularidade não dá para deixar o sucesso da Activison de fora. Utilizamos a qualidade Recomendada com DLSS em Modo Equilibrado. O resultado foi um gameplay próximo aos 100 frames na maior parte do tempo, com o 5500 trabalhando a 60% de sua capacidade. Em geral, a estabilidade foi muito satisfatória, embora, o cenário ideal para o modo competitivo seja reduzir mais a qualidade gráfica para aumentar a taxa de quadros, deixando mais uma vez em evidência que o gargalo é culpa da RTX 3060.
Overwatch 2
Por fim, Overwatch 2 é um título mais simples graficamente, mas que mostra bem até quantos frames o sistema pode fazer. Utilizando o FSR 1.0, o processador conseguiu empurrar mais de 190 quadros na maior parte do tempo, consumindo apenas 35% de sua capacidade.
3D Mark – PCU Profile
3D Mark – Time Spy (sem teste gráfico)
Cinebench R23
Vale a pena?
O Ryzen 5 5500 me surpreendeu positivamente durantes os testes. Há incrementos importantes, e a CPU mostra que é capaz de integrar um bom computador de entrada, ou, uma máquina gamer intermediária bem competente.
Os seis núcleos do modelo vão dar conta do recado por bastante tempo, embora, atividades complexas, como renderização de vídeos ou livestream já precisam ser levadas com maior cautela. Para esses casos, o Ryzen 7 5700X, já seria mais indicado, mesmo tendo um valor consideravelmente superior.
A respeito do preço, o modelo custa cerca de R$ 650 em promoções mais recentes, e por esse preço, especialmente para orçamentos mais apertadores e usuários que não podem realizar um upgrade tão grande, a recomendação é praticamente certa.
Por outro lado, há o Ryzen 5 5600, por R$ 930, com uma diferença de 300 reais. Assim como já foi mencionado, não temos esse processador para elaborar mais sobre um comparativo direto, mas toda essa diferença não parece justificar a compra do 5600 em relação ao 5500.
No fim, uma configuração com um Ryzen 5 5500 e uma RTX 3050, RX 6600 ou uma 3060, como utilizamos, é uma combinação bem interessante para uma máquina mais modesta e que vai rodar todos os games atuais sem dificuldades.
Fundador da Torre de Controle. Sou apenas um jogador tentando sobreviver em um jogo sem pause, vida extra ou checkpoint.