Especial Star Wars | O Coração Puro de Rebels

Em 25 de maio de 1983, chegava aos cinemas americanos a conclusão da trilogia clássica de Star Wars. O que parecia ser o fim, se tornou apenas a terceira pedra fundamental de diversas obras que viriam nos anos seguintes. Livros, quadrinhos, séries em live-action e animações, Star Wars se expandiu de maneira inimaginável e hoje é muito mais do que apenas uma série de filmes. Entre erros e acertos, esse universo ainda é o lar de diversas pessoas que buscam força na luta contra o Império.

A equipe da Torre de Controle aproveitou o ano em que se completam 40 anos da trilogia clássica e a recente estreia da série Ahsoka no Disney+ para falar sobre suas obras favoritas nessa galáxia tão, tão distante.

Rebels

Rebels foi a responsável por trazer novamente o meu interesse pelo universo de Star Wars. A animação não só traz personagens mega carismáticos, como também consegue trazer o frescor de assistir novamente esse vasto cenário galáctico. Exibido originalmente entre 2014 e 2018, o desenho conquistou novos fãs ao expandir a história de Guerra nas Estrelas de forma bastante esperta, focando num período que se passa entre os episódios III e IV e se aprofundando bastante na questão dos Jedis com a força.

Na série acompanhamos um grupo de rebeldes que encontram um garoto de 14 anos chamado Ezra e logo fica claro que os seus destinos estão ligados. A bordo de sua nave, Fantasma, Ezra e os rebeldes embarcam em uma aventura para iniciar uma rebelião e contra-atacar o Império.

O diferencial da série está na habilidade de manter uma trama envolvente, através de episódios cativantes, nada cansativos que dão gosto de assistir. Rebels apresenta um grupo de protagonistas incríveis como Ezra, Sabine, Zeb, Kanan, Syndula e o droid Chopper. Ao longo das temporadas, suas histórias acabam sendo tão bem construídas, que se torna impossível não torcer por eles. Ezra começa a sua jornada com apenas uma conexão com a força e a medida em que a história vai avançando, ele não apenas aprende a dominar suas habilidades, mas também abraçou uma causa maior ao se unir à luta rebelde. Ao longo do tempo, Ezra não só se torna um “Jedi respeitável”, mas também acabando por formar laços profundos e genuínos dentro da rebelião.

Rebels também não decepciona no quesito vilões, sempre introduzindo eles muito bem e achando brechas para criar situações onde os protagonistas nem sempre saem a favor da situação. Trazendo às vezes alguns já conhecidos do público e também sendo a grande responsável por introduzir um dos mais memoráveis – e o meu favorito – antagonistas da saga: o Almirante Thrawn, que ganha ainda mais destaque durante a terceira temporada.

Ainda arrisco dizer que Rebels talvez seja uma das obras mais ousadas entre as outras de Star Wars, por mais que a nova trilogia tenha algumas surpresas com os personagens clássicos, a animação, que no início até tem um tom mais infantil, traz algumas decisões que vendo a série ninguém imaginaria que poderia chegar a tal ponto.

Durante suas 4 temporadas a série conquista ao equilibrar o encanto dos personagens com a exploração mais profunda do universo Star Wars. Arrumando ainda espaço para momentos emocionantes e cenas de ação muito bem dirigidas, mesmo com uma animação pouco limitada no início a série consegue achar brechas para criar algumas cenas de lutas que podem te fazer ficar preso no sofá. É para mim, não só um grande achado desse universo tão, tão distante, mas como também a maior obra já feita de Star Wars, e merece o conhecimento de todos.